Focus: analistas reduzem projeções para câmbio e PIB em 2025
Compartilhe

Economistas do mercado financeiro revisaram para baixo, pela terceira vez consecutiva em 2025, a previsão para o dólar, que caiu de R$ 5,95 para R$ 5,92, refletindo uma leve melhora na perspectiva do mercado sobre o comportamento da moeda norte-americana frente ao real. O resultado está no Relatório Focus do Banco Central (BC) divulgado nesta segunda-feira (31/3).

A estimativa para a inflação oficial, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), foi mantida em 5,65% para 2025. A projeção para 2026 ficou em 4,50%, enquanto para 2027 permaneceu em 4,00%. Já para 2028, a estimativa continua em 3,78%.

Em relação aos preços administrados dentro do IPCA, a previsão para 2025 ficou em 5,06%, enquanto para 2026 permaneceu em 4,28%. Para 2027, a estimativa está em 4,00%, e para 2028, em 3,94%.

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), utilizado para reajustes de contratos e aluguéis, por sua vez, teve suas projeções revisadas para baixo. A estimativa para 2025 caiu de 5,53% para 5,14%, e para 2026 passou de 4,52% para 4,50%. Para 2027 e 2028, a projeção de inflação ficou em 4%.

PIB

A previsão para o crescimento do produto interno bruto (PIB) brasileiro em 2025 sofreu leve revisão, passando de 1,98% para 1,97%. Para 2026, a projeção mediana ficou em 1,60%, enquanto para 2027 houve um leve aumento, de 1,99% para 2,00%. Para 2028, a expectativa segue em 2% há 55 semanas.

Selic

Já a taxa básica de juros (Selic) manteve-se estável em 15% para 2025, marcando a 12ª semana consecutiva sem alteração nas projeções. Para os anos seguintes, as estimativas também permanecem constantes: 12,50% em 2026, 10,50% em 2027 e 10% em 2028, mantendo o cenário de gradual afrouxamento monetário.

Segundo especialistas, as revisões apresentadas no Relatório Focus desta semana indicam um mercado ainda cauteloso quanto ao desempenho econômico do Brasil, mas com sinais de estabilidade em alguns indicadores, como a taxa de juros. A inflação segue como um dos principais desafios, enquanto a expectativa de crescimento econômico permanece modesta para os próximos anos.

 


voltar