Fluxo de veículos nas estradas cai 1% em julho, aponta ABCR
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11 de Agosto de 2015 – 04h43 horas / G1

O brasileiro passou a pegar menos a estrada. Segundo o índice mensal calculado pela Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR) em conjunto com a Tendências Consultoria Integrada, o fluxo de veículos nas rodovias concedidas à iniciativa privada caiu 1% em julho, na comparação com o mês anterior, considerando dados dessazonalizados. No período, o fluxo de veículos leves caiu 1,8% e o de veículos pesados subiu 0,4%.

No acumulado os 7 primeiros meses do ano, o índice registra queda de 0,7%, com declínio de 5,6% no fluxo de pesados e alta de 1% em leves.

Segundo a ABCR, no entanto, a expectativa é que a queda no fluxo de veículos pelas estradas com pedágio seja ainda maior nos próximos meses.

"Dada a correlação com os fundamentos de mercado de trabalho, os efeitos negativos do desaquecimento econômico são sentidos com maior defasagem. Como o ajuste sobre renda e emprego estão em um processo inicial, a tendência de desaceleração no fluxo de leves ainda tende a ganhar força", destacou a associação no boletim.

Em São Paulo, a queda no fluxo de veículos leves em julho caiu 2,1% ante junho.

Menor fluxo de caminhões

Segundo os dados da ABCR, apesar da leve alta em julho, o fluxo de caminhões nas estradas acumula queda de 4,7% nos últimos 12 meses, sendo afetado pela retração econômica e menor produção industrial. "No curto prazo, o pessimismo dos empresários e o elevado patamar de estoques limitam a reação do setor, ainda que a desvalorização cambial dê algum fôlego às exportações", analisa Rafael Bacciotti, economista da Consultoria.

Na comparação de julho com julho do ano passado, o índice cresceu 2,3%, com queda de 5,3% no fluxo de veículos pesados e crescimento de 5,1% no movimento de veículos leves. Segundo a ABCR, a alta é explicada pela base de comparação, uma vez que a demanda em julho de 2014 foi deprimida pela Copa do Mundo.

"A depender da dinâmica ruim para os principais condicionantes de demanda (emprego, renda, crédito e confiança), a tendência de desaceleração no fluxo de leves deve continuar ”, diz Bacciotti.


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