FGV: Expectativa de inflação anual fica estável em 5,4% em junho
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Para as famílias com renda familiar mensal até R$ 2.100, a expectativa mediana subiu para 6,2%, maior valor desde agosto do ano passado (6,3%).

A expectativa de inflação dos consumidores brasileiros para os 12 meses seguintes ficou em 5,4% em junho, mesmo percentual registrado no mês anterior, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV), responsável pelo levantamento.

Para as famílias com renda familiar mensal até R$ 2.100, a expectativa mediana subiu 0,1 p.p., para 6,2%, o maior valor desde agosto do ano passado (6,3%). Para os consumidores de renda superior a R$ 9.600, o valor segue inalterado em 4,7%.

Na distribuição por faixas percentuais de inflação esperada, a parcela dos consumidores que projetam valores abaixo da meta de inflação para 2019 (de 4,25%) aumentou de 31,6% em maio para 33,4% em junho. Enquanto isso, a proporção de consumidores projetando valores acima de 12% subiu 0,5 ponto percentual, para 6,9%, a maior parcela desde o início do ano.

“Nos últimos meses, as expectativas dos consumidores sobre inflação vinham sendo influenciadas por uma percepção conjuntural de aceleração de preços dos alimentos, além do aumento da incerteza econômica. Com a perspectiva de que esses preços recuem nos próximos meses, juntamente com efeitos positivos nos preços de combustíveis e da mudança da bandeira na energia elétrica, é possível que a expectativa de inflação volte a cair, condicionada à evolução da incerteza”, diz Viviane Seda Bittencourt, coordenadora da pesquisa, em comentário no relatório.

A expectativa para a inflação nos próximos 12 meses faz parte da Sondagem do Consumidor realizada mensalmente pela FGV com mais de 2.100 entrevistados em sete capitais do país (Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Brasília e Recife). Aproximadamente 1.600 entrevistados respondem a respeito da expectativa para os preços todos os meses, segundo a fundação.


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