No segmento de caminhões, em que a recuperação das vendas internas ainda é tênue, as exportações têm contribuído para que os fabricantes voltem a respirar. Em dez meses, 3,8 mil unidades foram comercializadas no exterior, alta de 41% ante o mesmo período de 2016. A produção no setor foi reforçada.
Na fábrica de caminhões da Mercedes-Benz, em São Bernardo do Campo, a equipe vai trabalhar dois sábados neste mês. — Se a demanda se mantiver em alta, como prevemos para o próximo ano, podemos avaliar até a abertura de um segundo turno de produção. Mas a decisão depende do aumento da confiança do mercado na economia brasileira — diz o presidente da Mercedes, Philipp Schiemer.
A MAN, o braço de caminhões da Volkswagen, cancelou férias coletivas de fim de ano em sua fábrica em Resende. Além disso, o pessoal vai trabalhar aos sábados. Já a unidade da Volvo em Curitiba funciona, desde o mês passado, duas horas além do expediente em alguns dias e só vai parar no Natal e no Ano Novo. Sem férias coletivas.
A retomada dos investimentos tem ajudado o setor. Segundo o BNDES, os desembolsos da Finame (linha voltada para máquinas e equipamentos) somaram R$ 16 bilhões até outubro deste ano, 11% a mais que em igual período de 2016. As aprovações, etapa antes da contratação, também subiram, o que é uma projeção de crescimento. “A Finame pode ser vista como importante termômetro da atividade econômica”, diz o banco.
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