São Paulo: PIB cresce 1,8% no acumulado de janeiro a agosto
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Em São Paulo, o Produto Interno Bruto (PIB) aumentou 1,8% no acumulado do ano até agosto, na comparação com o mesmo período de 2022. O setor de serviços foi o que mais contribuiu, com crescimento de 3%, seguido por agropecuária (1,9%). As informações são da Fundação Seade.

César Bergo, economista, aponta que o estado vem surpreendendo apresentando um desempenho acima da média nacional. “São Paulo tem uma economia bastante diversificada, com uma indústria forte, e isso contribui também para que todos os setores econômicos se desenvolvam”, destaca.

O economista explica que outros fatores que contribuíram para o crescimento do PIB foram a normalização na cadeia de fornecimentos de insumos, na produção, e com relação à parte, a queda da taxa de juros.

Nos últimos 12 meses, o Produto Interno Bruto (PIB) do estado de São Paulo aumentou 2,4% em comparação com o mesmo período do ano anterior.  Na medição mensal, houve um crescimento de 0,7% em agosto em relação a julho. Quando comparado ao mesmo período de 2022, o aumento foi ainda mais significativo, alcançando 1,4%.

Rodrigo Simões, economista, aponta que o estado de São Paulo contribui significativamente com a economia nacional, sendo responsável por mais de 32% na participação do PIB do Brasil. “Ou seja, um terço de tudo o que é produzido na economia nacional. Isto se deve ao fato da concentração de empresas, indústrias e uma parte do agronegócio estarem localizados no estado”, completa.

De acordo com ele, alguns dos principais fatores que ajudaram no crescimento do PIB do estado foram:

  • Mercado de trabalho mais aquecido;
  • Aumento das exportações;
  • Construção civil;
  • Atividades do agronegócio;
  • Têxteis e veículos automotores;
  • Transportes e armazenagens (reflexo de resultado do bom crescimento do agro paulista);
  • Serviços à família, serviços de logística e informação e comunicação.

Simões informa que outro ponto fundamental são os investimentos puxados e incentivados pelo setor público no estado de São Paulo, que demonstram para a iniciativa privada uma maior segurança jurídica, estabilidade política e boas perspectivas econômicas.

Expectativas para os próximos meses

De acordo com César Bergo, a expectativa para os próximos meses de 2023 é que São Paulo apresente um crescimento vigoroso, podendo inclusive, fechar o ano com um acumulado próximo a 3%. “Não tenha dúvida que a indústria vem mostrando uma grande resposta, e isso acaba, de alguma forma, favorecendo o estado, que tem uma economia muito forte nessa área”, afirma.

Rodrigo Simões também aponta que as expectativas são boas. Segundo ele, as desonerações feitas nos setores produtivos e uma maior estabilidade política contribuem positivamente para o crescimento. “Não será possível garantir que o estado cresça a altas taxas no final deste
trimestre, ainda que com a ajuda dos eventos de final de ano, com o pagamento de 13º [salário] e férias que contribuem para o consumo e a atividade econômica”, alerta.

Simões explica que as famílias ainda estão em um alto patamar de endividamento em relação à renda familiar, e as taxas de juros altas dificultam o processo de crescimento contínuo, que acabam encarecendo o crédito e reduzindo o consumo das famílias e dos investimentos das empresas.

Balanço passado

No acumulado de janeiro a julho de 2023, o PIB de São Paulo também foi positivo, com crescimento de 1,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. Os dados positivos foram puxados por serviços (3,0%) e pela agropecuária (2,1%).

De acordo com esse levantamento, as projeções para o PIB paulista em 2023 são de mínima de 2,0%, média de 2,5% e máxima de 2,8%.


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