Após turbulências políticas e projeções pouco animadoras para o mercado, o ano de 2017 mostrou ser o começo da recuperação econômica brasileira. Foi também o ano em que o e-commerce saiu da crise. Isso tudo depois de um 2016 marcado pelos fechamentos de lojas e de 182 mil postos de trabalho.
Nos últimos meses, os indicadores de confiança do consumidor e dos empresários produzidos pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) indicaram sinais positivos em relação às taxas de emprego, à produção nacional e ao consumo das famílias. A Entidade estima que o país cresça em torno de 3% neste ano.
O movimento de recuperação é resultado de medidas político-econômicas. No primeiro semestre, por exemplo, o governo federal anunciou a liberação de R$ 44 bilhões das contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). O volume destinado a 25,9 milhões de trabalhadores serviu para o pagamento de dívidas e para a compra de produtos.
Em 2017 o e-commerce cresceu 10%, com volume de vendas estimado em R$ 49 bilhões. Para este ano, o presidente do Conselho de Comércio Eletrônico da FecomercioSP e CEO da Ebit, Pedro Guasti, acredita que o segmento tenha resultados mais significativos, entre 12% e 15%.
Para 2018, a consultoria Tendências estima inflação de 4,1% e estabilidade na taxa Selic, a partir de fevereiro, em 6,75%. “Os juros ao consumidor tendem a ficar mais baratos, e o risco de crédito deverá cair, o que será positivo para o comércio”, afirma o consultor João Morais.
A estabilidade da economia trará reflexos aos shopping centers, principalmente os inaugurados entre 2014 e 2015, que foram mais impactados pela crise e ainda hoje estão com baixos níveis de ocupação.
A recém-aprovada lei da Reforma Trabalhista também deve apresentar no comércio efeitos em curto prazo. Entre as mudanças esperadas com a nova lei está a facilitação na contratação. O aumento no emprego é um dos principais fatores para aquecer a economia.
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