Esta frase em latim – “Errar é humano, permanecer no erro é diabólico” – atribuída a Santo Agostinho, é um axioma filosófico com o qual tentamos mitigar uma falha, um erro, ou mesmo uma queda moral na sua primeira parte – errar é humano. Já a segunda parte – permanecer no erro é diabólico – nos afirma que a aceitação da fraqueza humana não deve justificar a continuidade do erro.
Em meu livro “Só não erra, quem não faz” afirmo que o erro honesto, em busca do acerto, fruto da criatividade e da busca da inovação é a base da ciência e do conhecimento e não podemos viver paralisados pelo medo de errar. A verdade é cristalina: todos nós cometemos erros e não devemos ser condenados pelo fato de errarmos. Porém permanecer no erro, de forma deliberada, deve ser totalmente condenado.
Escrevo sobre este tema porque essa antiga sabedoria tem sido esquecida por pessoas e empresas. É comum vermos a continuada negação do erro por aqueles que erraram e, mais ainda, o vício de perseverar no erro agravando ainda mais os danos que o erro causou. E, o mais grave é que além de permanecer no erro, essas pessoas e empresas, se valem de mentiras, meias-verdades e dissimulações prejudicando de forma ainda mais grave suas vítimas.
Nada é mais edificante para um ser humano do que pedir desculpas e agir prontamente para reparar, sempre que possível, qualquer erro que tenha cometido, mesmo voluntariamente, e do qual sempre terá o direito de se arrepender. Se errar é humano, reconhecer o erro é altamente virtuoso e meritório e mostra dignidade e coragem da parte de quem errou. Essa humildade libertadora e edificante só fará melhorar a imagem de quem reconhece ter cometido um deslize e poderá trazer a compreensão e mesmo a compaixão, até mesmo daquelas que tenham sido vitimadas pelo erro.
Assim, temos que lembrar que só não erra quem não faz, mas, ao errarmos temos que reconhecer nossos erros, pedir desculpas, reparar as vítimas e jamais permanecer no erro mas antes aprender com eles para errarmos cada vez menos.
Pense nisso. Sucesso!
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