As obras de duplicação da rodovia João Leme dos Santos (SP-264), no trecho entre o km 102 (Raposo Tavares) e 109,6 (UFSCar), continuarão paradas por pelo menos mais dois meses, com risco de atraso na entrega da obra, prometida para fevereiro de 2015. Foi o que informou ontem o superintendente do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), Clodoaldo Pelissioni, em entrevista concedida ao jornalista Fábio Andrade da rádio Cruzeiro FM 92,3. Com o canteiro de obras abandonado à margem da rodovia, os condutores e moradores próximos temem acidentes, segundo eles, principalmente pela falta de sinalização para alertar sobre os desníveis nas laterais da pista.
Clodoaldo Pelissioni declarou que representantes da Construtora Gomes Lourenço (CGL) disseram oficialmente nesta semana que vão desistir da obra. "Ela (a empresa) vai propor a rescisão, nós vamos avaliar se vai ser amigável ou unilateral, ainda dependemos de parecer jurídico", declarou o superintendente do DER. A direção da Gomes Lourenço deixou de retornar às tentativas de contato feitas pelo Cruzeiro do Sul para confirmar o rompimento e sua motivação. A empresa já havia sido multada três vezes por descumprimento do cronograma das obras. Segundo o DER, em 25 de maio, a empreiteira havia concluído 5,8% das obras enquanto o cronograma previa 28,8% para aquela data. No outro trecho (lote 2), da UFSCar até Salto de Pirapora, a empresa Compec Galasso concluiu 27,7% dos serviços, enquanto o cronograma exigia 26,9% para o mesmo período.
Assim que for oficializado o rompimento do contrato, o DER pretende procurar a segunda colocada no processo de licitação da obra (lote 1), cujo nome não revelou. Clodoaldo Pelissioni explicou que essa empresa será convidada a assumir os trabalhos com o mesmo orçamento apresentado pela Gomes Lourenço e caso aceite, receberá o correspondente aos quase 95% que faltam do serviço.
O superintendente do DER calcula que a retomada da obra poderá ocorrer entre 30 e 60 dias se a empresa que ficou em segundo lugar aceitar a assumir o contrato. A Gomes Lourenço venceu a licitação do trecho ao preço de R$ 56,9 milhões.
Faltam desapropriações
Os processos de desapropriações continuam em andamento e inclusive há ao menos um local onde a obra precisou ser parada por empecilhos com a liberação da faixa de terreno. O superintendente do DER disse que segue com as 51 desapropriações e inclusive alguns proprietários já deixaram entrar na área. "Aqueles que não concordarem com os valores nós teremos que fazer de maneira judicial. Ele não crê que as desapropriações também atrasem a conclusão da obra.
Uma rotatória existente entre os kms 110 e 111, em Salto de Pirapora, foi parcialmente destruída para a instalação de retorno elevado. No local começaram a ser instaladas algumas pilastras pela empresa do lote 2, no entanto, os trabalhos foram suspensos. O DER confirma que aquele ponto ainda depende de desapropriação.
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