De janeiro a julho deste ano foram aplicadas na capital 5,6 milhões de multas, 81% do total de todo o ano passado: 6.974.682, segundo reportagem da revista Veja São Paulo. Se comparada à média mensal de multas aplicadas nos 12 meses do ano passado (581.223) com os sete meses de 2011 (800 mil), o avanço foi de 37,6%. Caso o aumento da média mensal se mantenha uniforme de agosto a dezembro, a quantidade absoluta no número de multas poderá passar dos 9,5 milhões neste ano (média de mais de uma multa por veículo registrado na capital). Os números de anos anteriores indicam que isso não é tão impossível de acontecer. A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) informou que, no ano passado, multou mais no segundo semestre (4,07 milhões de multas) do que no primeiro (2,9 milhões). Além disso, no final de 2010 havia 541 equipamentos de fiscalização eletrônica em operação. Hoje são 575 e em breve eles deverão chegar a 600. Historicamente eles são responsáveis por mais da metade das multas aplicadas. Neste ano, respondem por cerca de 70% (veja quadro ao lado). O valor arrecadado com multas em 2010 foi de R$ 529 milhões. Oficialmente a CET não confirma a quantidade de multas aplicadas de janeiro a julho deste ano e não faz projeções de quantas infrações devem ser anotadas. O dinheiro, segundo a empresa, foi investido em “sinalização, treinamento dos agentes, programas de educação no trânsito, renovação da frota da CET, monitoramento e operação do trânsito, manutenção de semáforos, serviços e projetos de engenharia de tráfego“. Mais fiscais, menos mortes Em breve serão pelo menos mais 25 equipamentos de fiscalização eletrônica, sendo seis radares-pistola (para flagrar motos em faixa proibida da Marginal Tietê), 13 estáticos (também para motos) e outros 6 fixos (para flagrar desrespeito ao sinal vermelho, conversão proibida e invasão à faixa de pedestres). A CET aponta que entre as vantagens de incrementar o monitoramento do trânsito por meio eletrônico estão a liberação de equipes para se dedicarem cada vez mais à organização e à segurança do trânsito e o fato de que ações de fiscalização aliadas a educação conseguem, segundo a empresa, “conter os efeitos do aumento da frota, da população“ e de mortes (redução de 9,8% desde 2005, diz a CET).
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