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01 de Outubro de 2018 – 16h19 horas / Valor Econômico

O afunilamento do cenário eleitoral reduziu o ânimo dos investidores em infraestrutura neste segundo semestre, ampliando a leitura do efeito negativo das eleições para o desenvolvimento do setor. A visão é que os efeitos podem continuar, inclusive, no médio prazo.

 

Segundo levantamento do GRI Club, associação que reúne líderes dos setores de infraestrutura e imobiliário, 47,3% dos cerca de 110 investidores, empresários e altos executivos entrevistados apontaram que a corrida eleitoral traz impacto negativo para os negócios.

 

Para outros 31,3%, os efeitos são positivos, e 21,4% dizem ter efeito neutro nos negócios. "Avaliamos como um principal aspecto [para a visão negativa], os dois principais presidenciáveis não serem o que o empresariado estava esperando como a liderança das eleições", explica Pedro Nicolau, líder global do GRI Club para infraestrutura.

 

"Do lado positivo, avaliamos que parte dos empresários pode estar contente com a caminhada da eleição e, principalmente, porque sairemos de um governo de transição para um definitivo."

 

A associação ainda aponta que, apesar de as eleições não terem paralisado completamente o setor, colocou muitos negócios em compasso de espera.

 

A piora no humor refletiu-se diretamente nos investimentos realizados no país.

 

O levantamento destaca que 43% dos entrevistados afirmou que suas empresas estão investindo no setor, uma queda de 17,2 pontos percentuais em relação à mesma manifestação feita há seis meses.

 

Levando em conta o cenário de incerteza, não há consenso de quando ocorrerá a retomada. Cerca de 40% dizem que a econômica brasileira ficará melhor nos próximos 12 meses e outros 48% creem que o desempenho será semelhante. Em março, 76% imaginavam um cenário melhor nos 12 meses seguintes.

 

"Pelo que percebemos na pesquisa, há divisão entre os empresários com quem conversamos. A maioria acredita que o impacto das eleições será duradouro, com a retomada no médio prazo", afirma Nicolau.

 

Com relação a resultados das empresas, os entrevistados dizem que a expectativa para os próximos 12 meses é regular em 45,5% dos casos e boa para 43,7%.


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