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01 de Novembro de 2018 – 15h29 horas / Luiz Marins

Agora é tempo de união. Leia, com toda a atenção, os trechos do Sermão do Santíssimo Sacramento, pregado pelo Padre Antônio Vieira (1608-1697), em Santa Engrácia, no ano de 1662. Ele fala sobre a união. Veja como, o que ele diz no século XVII, se aplica aos dias de hoje em nosso Brasil.

 

“Toda a vida (ainda das coisas que não têm vida) não é mais que uma união. Uma união de pedras é edifício: uma união de tábuas é navio: uma união de homens é exército. E sem essa união, tudo perde o nome e mais o ser. O edifício sem união é ruína; o navio sem união é naufrágio; o exército sem união é despojo. Até o homem (cuja vida consiste na união de alma e corpo) com união é homem, sem união é cadáver.

 

“Por mais alta que esteja a cabeça, se não está unida é pés. Por mais ilustre que seja o ouro, se não está unido é barro. Nobreza e desunida, não pode ser, pois em sendo desunida, deixa de ser nobreza. É vileza.

 

“Para derrubar um reino e muitos reinos onde há desunião, não são necessárias baterias; não são necessários canhões; não são necessários trabucos; não são necessárias balas, nem pólvora. Basta uma pedra: o lápis.

 

“Para derrubar um reino e muitos reinos onde falta a união não são necessários exércitos, não são necessárias campanhas, não são necessárias batalhas, não são necessários cavalos, não são necessários homens, nem um homem, nem um braço, nem uma mão.

 

“Nós temos muito boas mãos e o sabem muito bem os nossos competidores. Mas se não tivermos união, nem eles haverão mãos para nós, nem a nós nos hão de valer as nossas”.

 

A verdade, de ontem e de hoje, é que sem união nada sobrevive, não pode haver sucesso. Sem união não há vencedores. Sem união não há paz nem prosperidade, “tudo perde o nome e mais o ser” como diz o Padre Vieira.

 

A união exige de cada um de nós um grande esforço de altivez e civilidade; de grandeza e humildade. E nestes tempos só ela poderá nos fazer, a todos, vencedores.

 

Pense nisso. Sucesso!


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