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21 de Janeiro de 2016 – 07h26 horas / G1

O Departamento Hidroviário do Estado de São Paulo (DH) informou nesta terça-feira (19) que a reativação da navegação na hidrovia Tietê-Paraná, no trecho que passa pela região noroeste paulista, está prevista para ser retomada a partir de fevereiro deste ano.


Com as fortes chuvas dos últimos dias, o porto de Pereira Barreto (SP) mudou o cenário. Com a cheia do rio Tietê, a seca que castigava a região mudou a paisagem no local. Segundo o Governo do Estado de São Paulo, por meio das Secretarias de Energia e de Logística e Transportes, o aumento nos níveis dos rios Tietê, rio Grande e rio Paranaíba possibilita o restabelecimento da navegação.


Segundo o Departamento Hidroviário, a cota mínima de naveção é de 325,40 metros. Em alguns trechos da hidrovia está até em 326 metros, mas em alguns pontos abaixo de 324. De acordo com o departamento, o nível precisa subir ainda em alguns pontos e se estabilizar, para as embarcações não terem problemas.


A navegação havia sido suspensa pela Marinha, em maio de 2014, no trecho do reservatório de Três Irmãos e da eclusa de Nova Avanhandava, em Buritama (SP), agravado pela estiagem que afetou todo o Sudeste do estado.


De acordo com o Operador Nacional do Sistema (ONS) em agosto do ano passado, foram realizadas operações para transferência de água dos reservatórios de Três Irmãos e Ilha Solteira. A ação irá permitir o restabelecimento e a manutenção do nível necessário para retomada da navegação na hidrovia Tietê-Paraná.

A seca


A hidrovia Tietê-Paraná tem 2,4 mil quilômetros de extensão e é uma importante rota para o escoamento de grãos e celulose dos estados de São Paulo, Mato Grosso Sul, Goiás, Paraná e Minas Gerais. Ela está proibida navegação desde 2014.


O problema na hidrovia está no Estado de São Paulo. É no trecho de oito quilômetros em Buritama, que a navegação está proibida. O nível do rio Tietê, por causa da seca, ficou baixo  que era possível caminhar em vários pontos da hidrovia por onde antes passavam as barcaças.  Durante a estiagem, o governo até chegou a licitar uma empresa para explodir as pedras no fim do rio Tietê e aumentar assim a profundidade.


De acordo com o Departamento Hidroviário, o prejuízo com a paralisação ultrapassa os R$ 700 milhões. As empresas que precisaram escoar a produção tiveram de se adaptar a essa realidade. Um único comboio de barcaças leva seis mil toneladas de grãos. Para transportar a mesma quantidade são necessárias 200 carretas e o custo com frete e combustível aumentou em 40%.


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