O custo logístico das empresas representa uma média de 12,37% do seu faturamento, conforme revelou estudo realizado pela Fundação Cabral. Esse percentual cresceu 0,64 em relação a 2015 onde o custo era de 11,73%. Este incremento representou um gasto de R$ 15,5 bilhões a mais com custos logísticos no período.
A pesquisa foi realizada com 130 empresas que juntas representam 15,4% do PIB brasileiro.
Os setores onde os custos logísticos apresentam maior representatividade são na mineração, em papel e celulose, no agronegócio e na indústria da construção (acima da média geral). Enquanto os de menores impactos são nos segmentos farmacêutico, de bens de capital, autoindústria e eletroeletrônicos.
Apesar dos altos custos logísticos, o modo rodoviário ainda corresponde a 75% dos serviços de transporte utilizados pelas empresas embarcadoras de cargas. Para os embarcadores, a falta de estrutura de apoio nas estradas e as restrições à circulação e operação de carga/descarga nas cidades são os fatores com maior impacto no aumento extra desses custos, na visão dos embarcadores. Como parte da solução para reduzir esses custos, os embarcadores apostam na terceirização da frota e de serviços logísticos.
Ainda de acordo com o estudo, para evitar um colapso no transporte e permitir que os custos logísticos dos embarcadores caiam dos atuais 12,37% para 8% seria necessário que o País investisse 300 bilhões de reais em infraestrutura de transportes e logística até 2035.
Nos últimos 20 anos, o País investiu menos de 1% do seu PIB em infraestrutura de transporte. Para que o Brasil tenha condições razoáveis de escoamento é necessário um investimento de uns 2% do PIB.
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