O carnaval começou com os povos que habitavam as margens do rio Nilo, no ano 4000 a.C.. Uma segunda origem são as festas pagãs greco-romanas que celebravam as colheitas, entre os séculos VII a.C. e VI d.C., e até hoje são comemoradas em quase todos os países do mundo ocidental. Portanto, não é mais uma invenção dos brasileiros.
A palavra Carnaval, segundo muitos estudiosos, vem do latim “carne vale”, isto é, “adeus carne” ou “despedida da carne”, pois no Carnaval o consumo de carne era permitido pela última vez antes dos dias de jejum da Quaresma.
Nesses dias se comia muito, mas muito mesmo, por isso a terça-feira de Carnaval era chamada de “Terça-feira Gorda”.
Um grupo de etimologistas traz o termo para as origens pagãs do Carnaval: entre os gregos e romanos se costumava fazer um cortejo com carros alegóricos em forma de uma nave dedicada ao deus Dionísio ou Baco. A esses carros alegóricos se dava o nome, em latim, de “currus navalis”: donde a forma Carnavale. Como se vê, não é muito clara a procedência do nome.
Qualquer que seja a origem da palavra, a verdadeira origem é sempre algum motivo de alegria, de celebração, de comemoração, principalmente de descontração, de pausa no trabalho duro.
É uma pena que o Carnaval tenha descambado para uma festa de excessos em vez de alegria. É uma pena que a bebida, o sexo sem compromisso, a ideologização política e as drogas tenham invadido essa festa popular, especialmente no Brasil.
A beleza antropológica do Carnaval é que durante esses dias todos somos mais iguais e a sociedade se inverte – os pobres se vestem de dourado, de reis e rainhas e dançam nas avenidas mais importantes das cidades, enquanto os ricos ficam de fora, assistindo, quase sempre vestidos como pobres. A classe dominada faz a crítica satírica da classe dominante, com total permissão das “autoridades” criticadas. Daí o uso das máscaras. Ninguém precisa saber quem somos. Somos apenas brincalhões.
Apesar de todo o desvirtuamento do Carnaval de hoje, ainda há tempo para você curtir o Carnaval com sabedoria, reunindo amigos, familiares, saindo às ruas para dançar e acompanhar os blocos que estão renascendo em todo o Brasil.
Se você brincar com sabedoria, o Carnaval voltará a ser, pelo menos para você, uma festa alegre, cheia da simplicidade das fantasias baratas, dos folguedos e das marchinhas satíricas e irreverentes.
Faça do Carnaval uma pausa no mundo sisudo e politicamente correto em que vivemos. Mas sempre com muita sabedoria.
Feliz Carnaval!
Pense nisso. Sucesso!
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