Criptomoedas: conheça as mais comuns e como funcionam
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Para investir neste mercado, é preciso estar por dentro de suas particularidades

Quem acompanha o mercado, mesmo que de longe, certamente já ouviu nos noticiários os altos e baixos das moedas digitais ou até mesmo sobre alguns golpes envolvendo essas transações ainda pouco exploradas.

Se há um jeito de se precaver deste tipo de crime é ter informação, então antes que você se pergunte o porquê uma revista do transporte está falando deste tipo assunto, a gente já responde: é justamente para que você não caia em nenhuma artimanha mal-intencionada que usa como pano de fundo investimentos digitais e promete grandes retornos em pouco tempo.

Por isso, vamos ao que interessa. Primeiro, é importante você saber o que são as famosas criptomoedas. Elas são moedas que existem apenas virtualmente e usam criptografia para garantir a realização de transações. Não possuem uma autoridade central de emissão ou regulação — como temos, por exemplo, aqui no Brasil, o Banco Central, que regula a nossa moeda nacional. Em vez disso, usam um sistema descentralizado para registrar transações e emitir novas unidades.

As criptomoedas são armazenadas em carteiras digitais e, ao transferir fundos, as transações são registradas em um livro contábil público chamado blockchain. Nele constam todos os registros mantidos atualizados.

Um termo interessante: o que significa mineração neste universo?

Como mencionamos, não há uma autoridade central que acompanha essas transações, entretanto, elas precisam ser registradas no blockchain e essa validação fica por conta de um grupo de pessoas, os chamados mineradores.

Eles são validadores das informações, ou seja, fazem a mineração, oferecem a capacidade de processamento dos seus computadores para realizar esses registros e conferir as operações feitas com as moedas – em troca disso, são remunerados com novas unidades delas.

A mineração também é responsável por colocar mais moedas digitais em circulação, seguindo as regras de cada protocolo. Depois que um minerador finaliza o cálculo e acha o resultado, ele apresenta para toda a rede. Se os outros membros disserem que está correto, o novo bloco é adicionado à cadeia. É daí que vem o nome blockchain, ou corrente de blocos, em português.

Até aqui ok, mas as moedas digitais são um bom investimento?

Isso é o que todo mundo quer saber. Apesar das várias especulações, a realidade é que, basicamente, o preço das moedas digitais varia segundo a boa e velha lei da oferta e demanda. Aliás, essa é a regra de mercado predominante.

Nas épocas em que as criptomoedas ganham mais atenção, é normal que elas sejam mais procuradas pelos investidores, ampliando o volume de compras, e consequentemente, os preços tendem a subir.

O que diz quem já investiu?

“Quando a gente analisa uma criptomoeda para investir, um dos principais pontos é investigar quem são as pessoas envolvidas por trás daquilo, inclusive nas redes sociais”, aconselha André de Simoni, coordenador da COMJOVEM Nacional.

Ele já investiu em um fundo de criptomoeda no qual quem liderou o projeto foi um co-fundador do YouTube. “Eu tinha uma boa referência e, como a aplicação tinha a ver com streaming ganhei um pouco mais de confiança. Mesmo assim, verifiquei no hooldmap da empresa para ver se ela estava entregando o prometido”, contou.

Uma das formas para adquirir criptomoedas é por meio de uma corretora especializada. Existem algumas casas no Brasil, chamadas de exchanges (do inglês troca), que oferecem esse tipo de serviço. Também é possível investir em criptomoedas por meio de ETFs (Exchange Traded Funds), ou seja, um fundo de investimento negociado na bolsa de valores como uma ação, esse foi o caso de André.

Para o coordenador, embora haja riscos, todas as pessoas podem e devem investir no mercado de cripotomedas. “Essa tecnologia usa o blockchain. Não é uma pessoa que está validando alguma coisa, e sim vários computadores, desse ponto de vista é muito seguro”, diz.

Já existem milhares de criptomoedas no mundo. A seguir, separamos algumas que figuram como as mais conhecidas, não necessariamente as mais valorizadas:

Bitcoin (BTC) – a mais famosa e foi a primeira a ser negociada. A moeda foi desenvolvida por Satoshi Nakamoto, fato curioso é que acreditam se tratar de um pseudônimo para um indivíduo ou grupo de pessoas cuja identidade exata permanece desconhecida.

Ethereum (ETH) – desenvolvida em 2015, o Ethereum ou Ether é a criptomoeda mais popular depois do Bitcoin.

Theter (USDT) – Conhecida no meio investidor como ‘moeda estável’ (stablecoin), seu diferencial está no fato de possuir lastro com uma moeda física – no caso, o dólar.

Avalanche (AVAX) – a rede foi lançada em 2020 pela Ava Labs, ela também permite a criação de contratos inteligentes.

Celestia (TIA) – criada por Mustafa Al-Bassam e Ismail Khoff, ela é uma rede que se especializou na disponibilidade de dados, garantindo que os blockchains fiquem disponíveis para todo mundo.

Litecoin (LTC) – uma das que mais tem evoluído para desenvolver pagamentos e processos mais rápidos.

Ripple (XRP) – também surgiu para aumentar a velocidade das transações realizadas globalmente. Ela consegue suportar até mil transações por segundo.

Solana (SOL) – sofreu uma crise de confiança por causa da ligação com a falida corretora FTX, se recuperou ano passado e recentemente fechou parcerias com empresas importantes, como AWS, Google e Visa.

Agora, munido de todas estas informações, esperamos que os seus negócios e investimentos da sua empresa, tanto no mercado digital quanto tradicional, sejam sempre muito rentáveis.


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