Quem já viu filmes de ficção, que mostram cientistas colocando pessoas desacordadas em cápsulas supertecnológicas e a temperaturas muito baixas para que, tempos depois, elas acordem do sono como se nada tivesse acontecido? Por incrível que pareça, esse método existe e não é apenas devaneio de roteiristas de cinema ou de televisão. Muito pelo contrário. É um processo utilizado em indústrias como a Vipal Borrachas para transformar resíduos de borracha e recondicioná-los novamente para o processo fabril.
Embora não seja usado exatamente como nos filmes, a criogenia é uma das práticas que a Vipal utiliza e que integra o programa de coleta seletiva, praticada desde 1988 pela empresa, em suas duas fábricas de Nova Prata (RS) e adotada também pela unidade de Feira de Santana (BA) desde o início de suas operações, em 2008.
O material passa por um processo de intenso resfriamento até ser transformado em pó de borracha, o qual retorna para fabricação como matéria-prima. Ao todo, são reelaborados em média 140 mil quilos de resíduos de borracha ao mês, sendo 70 mil provenientes da fábrica de Feira de Santana e 70 mil das fábricas de Nova Prata.
Assim, a Vipal não apenas reutiliza a borracha descartada naquela primeira etapa como, de maneira sustentável e ecologicamente correta, evita que retornem para a natureza. “Este é um processo que exige tecnologia e bastante conhecimento técnico para ser aplicado, e que funciona de maneira muito proveitosa dentro dos processos fabris da Vipal”, comenta Raquel Endres, Analista de Meio Ambiente da Vipal da fábrica de Nova Prata.
“Todo material coletado na fábrica da Vipal no Nordeste é enviado de volta para Nova Prata, onde é reinserido no processo fabril e reaproveitado sem nenhuma perda das propriedades originais”, complementa Flávia Queiroz, Analista de Meio Ambiente na fábrica da Vipal em Feira de Santana. A criogenia pode parecer ficção científica, mas é uma realidade de empresas com alta tecnologia e que investem no meio ambiente e nas melhores práticas de sustentabilidade.
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