Cresce em 189% o número de multas por carga descoberta no interior de SP
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24 de Julho de 2014 – 10h54 horas / G1

O número de multas para caminhoneiros que circulam com a carga descoberta cresceu 189% em maio de junho deste ano em relação ao mesmo período do ano passado, segundo levantamento feito pela Polícia Rodoviária em estradas de 202 cidades do interior de São Paulo. O desrespeito à lei pode causar acidentes e, para inibir a prática, a polícia também está fiscalizando no período noturno.

Segundo o levantamento, entre maio e junho de 2013 foram 412 autuações, contra 1.192 deste ano. O Conselho Nacional de Trânsito determina que o veicule esteja equipado com lonas ou telas para que a carga não caia na pista. A multa para quem andar sem proteção é de R$ 127,69 e cinco pontos na carteira. Além disso, o veículo também pode ser retido.

A reportagem do Jornal da EPTV flagrou vários exemplos de carga viajando desprotegida nas estradas da região. “A gente fica preocupado e tenta ficar distante deles para tentar evitar acidentes”, afirmou o luis técnico em telecomunicações Francisco Freitas.

Durante uma das viagens que faz todo mês de São Paulo para Araraquara, a assistente social Neide Lopes ficou parada duas horas no congestionamento. “Eu fiquei no trânsito e descobri que era por causa da carga caída”, disse.

Na Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros (SP-255), que liga Araraquara a Jaú, a reportagem encontrou grande quantidade de cana espalhada na pista, sinal de que o caminhão não estava com a proteção adequada. “Toda carga perigosa precisa ser protegida com o equipamento correto. A cana é uma carga que é transportada totalmente a granel, por isso os caminhões precisam prender essa carga. Um simples pedaço de cana pode quebrar um pára-brisa e provocar um acidente de proporções”, explicou o especialista em trânsito José Bernardes Felex.

Fiscalização

De acordo com a Polícia Rodoviária, o número de veículos aumentou assim como as abordagens. “De 2013 para 2014 houve um aumento significativo na aquisição de veículos por parte das usinas e houve também um aumento da fiscalização por parte do policiamento rodoviário”, disse o capitão César Cardeal.

O especialista em trânsito ressaltou que, apesar de saber da regra, muitos motoristas ainda insistem em desrespeitar. “Muitas vezes ele acha que não contribui com nada. O negócio é sair e chegar e não proteger ele e os outros que poderão receber a carga que se soltar”, disse Felex.


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