Dados divulgados na última sexta-feira (2/03) pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) no Seminário de Avaliação do Mercado de Combustíveis, no Rio de Janeiro, revelam que o consumo de combustíveis subiu 0,44% no Brasil no ano passado, em comparação a 2016. Foram comercializados 136,025 bilhões de litros de combustíveis em 2017, contra 135,436 bilhões de litros no ano anterior.
Segundo a ANP, o começo de recuperação da economia, o aumento da frota e o ganho de competitividade em relação ao etanol hidratado explicam o aumento de 2,6% registrado na comercialização de gasolina C, que somou 44,150 bilhões de litros, contra 43,019 bilhões de litros em 2016. Houve crescimento de 0,91% na comercialização de óleo diesel B entre 2016 e 2017 (de 54,279 bilhões de litros para 54,772 bilhões de litros), também impulsionado pela recuperação econômica.
O diretor da ANP, Felipe Kury, diz que o crescimento de 1% do Produto Interno Bruto (PIB), divulgado na quinta-feira (1/03) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sinaliza que começou a haver uma recuperação na economia, no país. “E os combustíveis acompanham”, comentou. Ele acredita que o resultado do PIB de 2017 faz uma correlação para 2018, prevendo que o consumo dos derivados tende a aumentar. Lembrou que a projeção para o PIB de 2018 é crescimento em torno de 3%, o que pode acentuar ainda mais o crescimento das vendas de combustíveis este ano.
Qualidade
A qualidade do combustível manteve-se dentro dos padrões internacionais, sublinhou a agência. O Programa de Monitoramento da Qualidade dos Combustíveis (PMQC) da ANP revela que 98,3% das amostras de gasolina coletadas e analisadas em 2017 estavam dentro dos padrões de qualidade. No diesel, o percentual de amostras que atenderam aos padrões de qualidade foi de 96,6% e no etanol, de 98,1%.
Durante o ano passado, a ANP efetuou um total de 20.102 ações de fiscalização em agentes de mercado de todo o Brasil. Foram emitidos 3.594 autos de infração, dos quais somente 9% estavam relacionados à qualidade dos combustíveis vendidos. O principal motivo das autuações foi o não cumprimento de notificações da agência, que correspondeu a 20% do total.
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