Conferência de Tarifas mostra índices de mercado e o que considerar em um BID
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Evento foi realizado ontem à tarde (07), pela plataforma EAD do SETCESP

Promovida pelo SETCESP, a Conferência de Tarifas chegou a sua 13ª edição, conservando seu objetivo inicial de atualizar as empresas a respeito do custo de tarifas, mercado e os aspectos econômicos que impactam as transportadoras.

“Nossa intenção é subsidiar informações para que o transportador possa formar o preço do seu frete”, explicou a economista do IPTC (Instituto Paulista do Transporte de Carga), Raquel Serini.

Ela apresentou dados divulgados durante o CONET (Conferência Nacional dos Estudos em Transporte, Tarifas e Mercado) em fevereiro, destacando os componentes tarifários básicos: frete peso, taxa de despacho, frete valor, GRIS (gerenciamento de Risco) e taxa de generalidades.

“A atividade de transporte não é só o ir e vir. Tem que considerar o lucro e também o risco, porque em caso de sinistro, precisamos estar acobertados”, enfatizou Serini.

Depois, a economista abordou a Pesquisa de Sondagem Econômica revelada no começo deste ano pelo Instituto, para mostrar a percepção de mercado do setor avaliando os resultados financeiros e operacionais, e de investimentos, chamando a atenção para a oscilação no preço diesel.

Após isso, Marco Antônio Neves, da Tigerlog Consultoria, falou sobre as estratégias e desafios de um BID – a sigla deriva do inglês (Bidding Process), termo que significa um processo de licitação na iniciativa privada.

Neves elencou os problemas atrelados à atividade de transporte como a falta de um Marco Regulatório e o grande índice de roubo de cargas. Informou que embarcadores passaram a realizar BID como uma forma de ter seus próprios prestadores de serviços e logística.

“É fato que haverá pressão por redução de custos no frete, porém a inovação é um dos pontos chaves para uma transportadora se diferenciar em um BID, além de ser um dos principais fatores para a saúde financeira do negócio”, afirmou.

O consultor comentou sobre o escopo de serviços requisitados no BIDs, e quais são as etapas mais comuns de um Processo de Seleção de Logística e Transporte (PSLT), apontando ainda os erros que podem ocorrer em uma negociação.

“Não desqualifique o BID e não deixe ninguém desqualificar seu trabalho. Seja flexível, tenha foco e cuidado, sem pressa de querer concluir logo o processo”, orientou ele.

Por fim, ambos os especialistas reforçaram a importância da formalização das propostas comerciais, e a inclusão de cláusulas com gatilhos, que possibilitem o aumento do frete, em caso de alta nos combustíveis.

“No mercado já não há mais espaço para o achismo, é preciso fazer conta acompanhar os índices, repassar os reajustes e ter uma margem de lucro saudável”, observou a economista.

Quer saber mais sobre o BID? Então corre para conferir este conteúdo que ficará disponível até o fim deste mês de março, na plataforma EAD do SETCESP.


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