Você sabe o que a Apple, IBM, Google, Microsoft, Dell, Facebook, Twitter, Intel, HP, eBay, LinkedIn, Netflix e Yahoo têm em comum? Todas essas empresas nasceram no Vale do Silício, localizado na Califórnia, nos Estados Unidos. Essa região é a maternidade e o lar de gigantes do ramo da tecnologia, computação, componentes eletrônicos, redes e internet. O nome Silício vem do elemento químico número 14, da tabela periódica, o segundo mais abundante no planeta, só perdendo para o oxigênio. É também a matéria-prima básica para a microeletrônica e eletrônica na produção de chips e transistores.
Foi lá que as cinco startups vencedoras do Conecta – Programa de Impulso a Startups, desenvolvido pela CNT em parceria com o BMG UpTech, participaram dos treinamentos na sede da Plug and Play. Ao longo de um mês, as vencedoras tiveram a oportunidade de ter contato com investidores para que pudessem entrar em mercados internacionais e expandir o desenvolvimento de soluções para o setor de transporte.
De acordo com o diretor da CNT para assuntos internacionais, Harley Andrade, essa última etapa do programa teve como objetivos proporcionar novos conhecimentos e ampliar o leque de investimentos das vencedoras do Conecta. “Foi muito importante, pois as startups puderam conhecer de perto a realidade de um ambiente voltado para a inovação. Tivemos vários feedbacks positivos. As startups tiveram monitoria com empresas do ramo e a oportunidade de crescer e expandir os negócios além das nossas fronteiras. Finalizamos o programa superando todas as nossas expectativas e, hoje, posso dizer que cumprimos a nossa missão”, afirma ele.
O CEO da Everlog, plataforma de gestão de fretes para o embarcador, com foco na recuperação de valores pagos indevidamente, Rodrigo Favero, destaca a experiência de estar em um ambiente que respira inovação. “Encontramos os melhores mentores e grandes corporações e investidores. Além disso, tivemos a oportunidade de conhecer grandes empresas e ver de perto um ambiente voltado às inovações”.
O Vale do Silício foi criado há mais de 60 anos, após a Segunda Guerra Mundial, quando os americanos viram a necessidade de criar uma região de incentivo aos campos científicos e tecnológicos como mais uma etapa da Guerra Fria travada contra a União Soviética. Ao longo do tempo, empresas foram chegando e fincando os pés na região, principalmente devido aos seus benefícios fiscais, o que também atraiu as Universidades, gerando, assim, um ciclo de tecnologia, educação e pesquisa.
Para Theo Lamonier, fundador da ByeBnk, especializada em soluções financeiras em blockchain, destaca o crescimento enquanto empresa e como os treinamentos auxiliarão no desenvolvimento de novas soluções tecnológicas. “Tivemos a oportunidade de observar como as empresas mais inovadoras do mundo trabalham, sua política de desenvolvimento, sua cultura e seus caminhos traçados para o crescimento. Isso refletiu em melhoria do nosso produto e do nosso plano de negócios e será o alicerce do crescimento da nossa empresa para os anos seguintes”, finaliza.
Legado
O Conecta deixa um legado para transporte brasileiro ao investir em startups que desenvolvem tecnologias para solucionar os problemas do setor. Para o diretor operacional da Tora Transportes, Pedro Estrugiaki, a chegada das startups traz um ganho em inovações e, principalmente, uma disrupção para que todos possam pensar diferente no uso da tecnologia dentro da área de transporte. “O Conecta é importante por incentivar e trazer necessidades que estão fortalecendo e unindo o setor e trazendo grandes inovações. Algumas empresas já estão enxergando essa mudança, mas ainda é preciso avançar e ter uma quebra de paradigma”.
O Conecta foi lançado em março de 2018 e recebeu mais de 400 inscrições. Na primeira fase, foram escolhidas 50 startups, que passaram por um treinamento presencial no campus da FDC (Fundação Dom Cabral), em Minas Gerais. Na fase seguinte, uma triagem selecionou 25 startups que participaram de oito encontros presenciais também na FDC, além de atividades com representantes de empresas do setor de transporte. Para a escolha das vencedoras, foram avaliadas questões referentes às tecnologias propostas e à aplicabilidade ao setor de transporte, além de fatores relacionados à gestão e à governança.
voltar