Compartilhe
13 de Setembro de 2017 – 05h41 horas / NTC&Logística

O governo anunciou nesta terça-feira, 12, que editará uma Medida Provisória (MP) que vai socorrer as concessões de rodovias leiloadas no governo de Dilma Rousseff, que compõem a chamada terceira etapa. Ela vai permitir que cerca de R$ 20 bilhões em obras de duplicação, previstas para ocorrer em 5 anos, sejam feitas em até 14 anos. Em troca, haverá redução da tarifa de pedágio ou o encurtamento do prazo do contrato.


A MP, cuja formulação foi informada pelo Estado em junho, deverá ser publicada até o fim desta semana, segundo prometeu o ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Maurício Quintella Lessa, durante evento promovido pela Associação Brasileira das Concessionárias de Rodovias (ABCR). A entidade vinha pressionando pela medida desde o ano passado.


A edição da MP provocou forte debate no governo. Havia resistência de um grupo que defendia zelar pelo cumprimento dos contratos como um sinal de seriedade a ser transmitido aos investidores. Mas, aparentemente, prevaleceu a ala que defendia uma forma de encontrar uma solução pragmática.


“As duplicações da terceira etapa se tornaram inviáveis”, reconheceu o ministro diante de uma plateia de representantes das concessionárias. Ele também admitiu que o governo teve sua parcela de culpa na situação de total desequilíbrio das concessões, por haver prometido um financiamento de até 80% dos investimentos que “não foi realizado”. Pela ausência do BNDES e pelos efeitos da crise econômica, a edição da MP se tornou necessária, explicou o ministro.


“É uma boa notícia”, comemorou o presidente da ABCR, César Borges, que era o ministro dos Transportes quando as concessões da terceira etapa foram leiloadas. Ele acredita que, com o prazo mais longo para investir, as concessionárias conseguirão reequilibrar seu caixa e, com isso, terão condições de obter crédito no BNDES.


“Aumentam as chances”, concordou o chefe do Departamento de Transportes e Logística do BNDES, Cleverson Aroeira. “Mas em alguns casos não basta alongar. ”


O socorro demorou demais para a BR-153 em Goiás e Tocantins, da Galvão, cujo contrato foi rescindido por falta de investimentos. Também não chegou a tempo de salvar a BR-040 no Distrito Federal, Goiás e Minas Gerais, da Invepar. A concessionária anunciou anteontem que vai devolver a concessão para ser novamente leiloada.


voltar

SETCESP
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.