Em caso de caminhões grandes, o motorista pode levar em um único dia até 8 multas por “transitar em local e horário não permitido“, cuja multa é de R$ 85,13, mais quatro pontos na carteira de habilitação. Em apenas um dia, o motorista pode receber multas que somam R$ 681,04 e 32 pontos na carteira.
No caso dos Veículos Urbanos de Carga (VUCs), que têm até 6,3 metros de comprimento, as multas podem chegar a 16 em um único dia, de acordo com o secretário. Nesse caso, elas podem chegar a R$ 1.362,08. Esses caminhões estão sujeitos, além da multa por transitar em local não permitido, a outra por desrespeito ao rodízio, que custa R$ 85,12 mais quatro pontos na carteira.
A nova lei determina que os caminhões de pequeno porte poderão circular durante o mês de julho de acordo com o final da placa: os ímpares circulam em dias ímpares e os pares, em dias pares. O horário de restrição é o mesmo do determinado para caminhões grandes.
Empresas
Para veículos de empresas, o nome do condutor pode ser indicado em até 15 dias. Se a opção for não informar a identidade do motorista, a multa pode ser ainda mais rigorosa em caso de reincidência. A prefeitura decidiu que o valor pago será progressivo. Ou seja, na segunda multa o pagamento será de R$ 170,26, na terceira de R$ 255,39 (3 vezes R$ 85,13) e assim por diante. Em um único dia, se o veículo for multado oito vezes, a soma para a empresa pode chegar a R$ 3.064,18.
“Levantaram que alguns poucos [empresários] iriam absorver esse valor da multa no frete. Isso é absolutamente impossível pela forma de fiscalização e multas que nós iremos aplicar. No caso dos autônomos, é impossível porque, em só um dia, ele vai perder a carteira e não vai mais poder dirigir. No caso da pessoa jurídica, a multa é progressiva”, afirmou o secretário.
Fiscalização
A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) terá 500 agentes para a fiscalização da nova regra, além do apoio da Polícia Militar. Os 100 km2 em que a proibição acontece a partir de segunda-feira (30) foram divididos em 16 células, que terá uma equipe específica de fiscalização. Além de bases fixas, haverá rondas com motos e veículos.
Com o objetivo de flagrar os caminhoneiros que tentem utilizar rotas alternativas, quatro equipes vão fazer blitze em determinados pontos. Os locais serão alterados todos os dias, mas sempre mantendo um ponto do dia anterior. “É para evitar que alguém mapeie esses pontos. De forma aleatória, são sempre quatro equipes que fazem as blitze, só que uma delas permanece”, explicou Moraes.
De acordo com o secretário, os caminhões serão multados desde o primeiro dia, mas irão receber orientação para sair da área de restrição. Para avisar os caminhoneiros sobre a mudança, serão utilizadas 1.450 placas de sinalização – 450 novas e outras mil com horário alterado -, 300 faixas de orientação (40 nas marginais e 260 em vias de acesso), painéis fixos nas principais rodovias e folhetos.
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