CNT realiza cerimônia de posse da sua diretoria para o quadriênio 2023-2027
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Tomaram posse, nesta quarta-feira (22), em Brasília, para o período de 2023 a 2027, o presidente da CNT (Confederação Nacional do Transporte), Vander Costa, e os membros da Diretoria da instituição. O mandato foi prorrogado por mais quatro anos, e o comando da Confederação permanece com o empresário mineiro do transporte rodoviário de cargas. Vander Costa também segue como presidente dos Conselhos Nacionais do SEST e do SENAT e do ITL (Instituto de Transporte e Logística).

Graduado em administração e direito, Costa é um dos fundadores da Vic Transportes, grupo empresarial do setor rodoviário de cargas. Foi presidente do Setcemg (Sindicato das Empresas de Transportes de Carga do Estado de Minas Gerais), entre 2002 e 2008, e da Fetcemg (Federação das Empresas de Transporte de Carga de Minas Gerais), por dois mandatos, de 2009 a 2016. Também presidiu o Conselho Regional do SEST SENAT em Minas Gerais, entre 2012 e 2016, inaugurando cinco novas unidades no estado.

À frente do Sistema CNT desde 2019, Vander Costa assumiu intensa articulação, junto aos poderes públicos, para ajudar os empresários do transporte, de todos os modais, a superarem a crise provocada pela pandemia; manter os recursos do Sistema S; e garantir um Estado menos burocrático e com mais segurança jurídica.

Em seu discurso, Costa destacou que o trabalho da CNT, nesses quatro anos, foi marcado por uma intensa agenda com interlocutores públicos e privados e pelo fortalecimento da atuação institucional. “Em meio a indefinições nos campos político e econômico, trabalhamos, para defender os interesses dos transportadores, junto aos três poderes da República. Com uma atuação voltada à desburocratização do estado e reformas estruturantes, elevação dos investimentos em infraestrutura, privatizações, modernização regulatória, agenda trabalhista, combustíveis e biodiesel e a defesa do SEST SENAT.”

Costa ainda lembrou que, em seu primeiro mandato, o setor teve importantes conquistas por meio de emendas e aprovações de projetos. “Destaco o novo Marco Regulatório do TRIIP, a manutenção do entendimento de relação comercial entre TRC e TAC, renovação antecipada de contratos de concessão ferroviária, marco regulatório das ferrovias, e o programa nacional LGPD no Transporte, entre outros. ” Vander Costa também ressaltou a integração das três instituições que compõem o Sistema CNT – CNT, SEST SENAT e ITL –, que, com projetos e iniciativas conjuntas, potencializaram as entregas ao setor.

Desafios

Sobre os desafios para os próximos quatro anos, Costa cita que ainda existe um longo caminho até a retomada do pleno crescimento econômico. Nesse sentido, ele afirma que o setor transportador está engajado em contribuir para a construção de uma nação mais moderna, que atenda aos anseios da sociedade em matéria de emprego, renda e qualidade de vida.

“Estamos em um momento de esperanças renovadas e com um novo Governo, que veio com uma visão diferente, focada no cuidado social e também em recolocar o Brasil como protagonista no cenário internacional. Esperamos um ciclo virtuoso, caracterizado pela redução do Custo Brasil, o controle da inflação, o estabelecimento de juros baixos e o maior equilíbrio fiscal. Para isso, é necessária uma união de esforços, capitaneada pelo governo, para avançar em uma agenda de aprimoramento das políticas públicas de infraestrutura de transporte, de modernização do ambiente negocial e do arcabouço regulatório nacional”, finalizou.

Autoridades

Estiveram presentes no evento, entre autoridades e lideranças políticas, o vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcos Pereira (Republicanos SP), que, em sua fala, afirmou que está à disposição para levar a agenda legislativa da CNT para o Congresso Nacional. “Em se tratando de logística, estamos falando de um dos segmentos mais importantes do país. [Vamos trabalhar] para facilitar o ambiente de negócios e sua desburocratização. ”

Na ocasião, o ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, frisou que o país tem muitos desafios para que a vida do empreendedor seja facilitada. “É um dever do Estado ajudar aqueles que fazem o Brasil. Criamos muitas regras que dificultam e que nos tornam reféns. Por isso, precisamos de lideranças para desatar os nós. Tenho certeza de que, no setor de logística, iremos avançar, por termos vontade política. ”

Para o ministro dos Transportes, Renan Filho, o país se transformou em uma economia que investe muito pouco com seus próprios recursos. “Em um país diverso como o Brasil, é fundamental recuperar a capacidade do Estado de investir e estimular a iniciativa privada. Para isso, precisamos cumprir duas tarefas legislativas: uma é o arcabouço fiscal, para investirmos com responsabilidade; e a segunda é a uma reforma tributária que simplifique e diminua o excesso de burocracia. Vamos integrar esforços para entregarmos um país mais competitivo.”

A solenidade ainda contou com a presença dos ministros do TCU (Tribunal de Contas da União) Antônio Anastasia, Augusto Nardes e Walton Alencar Rodrigues, do senador Wellington Fagundes (PL -MT) e dos deputados federais Diego Andrade (PSD-MG), Rodrigo de Castro (União – MG), Cesinha de Madureira (PSD-SP), Carlos Sampaio (PSD-SP), entre outros.

Estrutura da CNT

Também compõem a alta direção do novo mandato do Sistema CNT seis vice-presidentes dos seguintes modais: Rodoviário de Passageiros; Rodoviário de Cargas; Aquaviário de Cargas e de Passageiros; Ferroviário de Cargas e de Passageiros; Transporte Aéreo de Cargas e de Passageiros e Infraestrutura de Transporte e Logística.

A Confederação Nacional do Transporte possui, em sua estrutura, três níveis decisórios. O primeiro é composto pelo Conselho de Representantes – formado por 27 federações e cinco sindicatos nacionais –, que é o órgão máximo deliberativo da instituição, e pelo Conselho de Ex-Presidentes, órgão deliberativo e consultivo. O segundo, por sua vez, é desempenhado pela Diretoria e pelo Conselho Fiscal, que têm atribuições deliberativas e consultivas. O terceiro nível é exercido pelos Executivos contratados, a quem compete o implemento das decisões derivadas pela Diretoria. A CNT conta ainda com o apoio de 20 entidades associadas.


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