CNI: confiança do empresário industrial voltou de forma disseminada
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Pesquisa foi realizada entre 3 e 7 de agosto e consultou 1.284 empresas, sendo 517 pequeno porte, 473 médio porte e 294 de grande porte

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), medido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), ficou em 57 pontos em agosto, o que significa que a confiança voltou de forma disseminada. Esse patamar é alto, principalmente porque, em abril, o índice despencou e atingiu 34,5 pontos, no pior cenário em 10 anos. Além disso, a média histórica do ICEI é de 53,4 pontos. Essa metodologia considera um intervalo de 0 a 100, sendo que todos os valores acima de 50 indicam confiança do empresário e abaixo sua falta de confiança.

A pesquisa foi realizada entre 3 e 7 de agosto e consultou 1.284 empresas, sendo 517 pequeno porte, 473 médio porte e 294 de grande porte. O ICEI é um indicador que antecede o desempenho industrial e sinaliza as mudanças de tendência da produção industrial, por isso seu resultado é tão importante. Antes da consolidação da retomada da atividade industrial, com investimentos e aumento de produção, é necessário o resgate da confiança.

De acordo com o diretor de Desenvolvimento Industrial, Carlos Abijaodi, os piores momentos da crise causada pela pandemia ficaram para trás, embora o empresário da indústria ainda perceba que a situação econômica é negativa, na comparação com os últimos seis meses.

“O Brasil precisa dessa confiança. Quando o empresário passa a acreditar que o futuro é mais promissor, ele transforma esse futuro de forma positiva. Do contrário, não sairíamos do fundo do poço. Há uma percepção de melhora no ambiente de negócios, pelo andamento da reforma tributária e uma demonstração do governo em reduzir o Custo Brasil”, diz Abijaodi.

O diretor da CNI lembra ainda que projetos importantes avançaram no caminhando no Congresso como novo marco do saneamento, que vai universalizar o saneamento básico, foi aprovado, e o novo marco legal do gás natural tem caminhando bem na Câmara dos Deputados. “A linha, neste momento, está para construir e não desconstruir, o que, para o setor privado, é bastante positivo”, explica.


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