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05 de Dezembro de 2017 – 05h08 horas / CNT

Nas rodovias cearenses, 60,6% (2.194 km) da extensão avaliada pela 21ª Pesquisa CNT de Rodovias possui algum tipo de deficiência no estado geral (classificação regular, ruim ou péssimo). Por outro lado, 39,4% (1.424 km) tiveram classificação ótimo ou bom. O estado geral inclui a avaliação conjunta do pavimento, da sinalização e da geometria da via. A pesquisa da Confederação Nacional do Transporte percorreu 3.618 km no Estado. Em todo o Brasil, foram 105.814 km analisados.

 

De acordo com a Confederação, o acréscimo do custo operacional devido às condições do pavimento no Estado chegou a 27,9% no transporte rodoviário. Na avaliação da CNT, apenas para as ações emergenciais de reconstrução e restauração das vias, com a implementação de sinalização adequada, estima-se que são necessários R$ 997,82 milhões. Já para a manutenção dos trechos classificados como desgastados, o custo estimado é de R$ 595,67 milhões.

 

DETALHAMENTO DAS CONDIÇÕES

 

Pavimento

 

No pavimento, são consideradas as condições da superfície da pista principal e do acostamento. A pesquisa classificou o pavimento como regular, ruim ou péssimo em 52,8% da extensão avaliada no Ceará, enquanto que 47,2% foram considerados ótimo ou bom; 53,4% da extensão pesquisada apresentou a superfície do pavimento desgastada.

 

Sinalização

 

Nessa variável, são observadas a presença, a visibilidade e a legibilidade de placas ao longo das rodovias, além da situação das faixas centrais e laterais. O estudo apontou que houve problemas de sinalização em 48% da extensão avaliada (classificação regular, ruim ou péssimo). Em 52,0%, o estado foi ótimo ou bom. Ao analisar os trechos onde foi possível a identificação visual de placas, 15,9% apresentaram placas desgastadas ou totalmente ilegíveis.

 

Geometria da via

 

O tipo de rodovia (pista simples ou dupla) e a presença de faixa adicional de subida (3ª faixa), de pontes, de viadutos, de curvas perigosas e de acostamento estão incluídos na variável geometria da via. A pesquisa constatou que 81,5% da extensão pesquisada não teve condições satisfatórias de geometria; 18,5% tiveram classificação ótimo ou bom nesse aspecto. O Estado teve 92,7% da extensão das rodovias avaliadas de pista simples de mão dupla.

 

Pontos críticos

 

A pesquisa identificou ainda 35 trechos com buracos grandes, seis com erosões na pista, um com queda de barreira e um com ponte caída.

 

Investimentos em 13 anos

 

Entre 2004 e 2016, o governo federal autorizou R$ 2,71 bilhões para investimentos em infraestrutura rodoviária no Ceará. Contudo, no período, apenas R$ 1,86 bilhão foi efetivamente desembolsado, o que representa 68,5% do valor autorizado. Os aportes foram destinados para ações de manutenção de trechos rodoviários e de adequação das vias, cujos pagamentos se concentraram em intervenções na BR-116 e nos anos de 2005 a 2010.

 

Acidentes

 

Os acidentes registrados nas rodovias públicas federais do Estado chegaram a 2.419, em 2016, e tiveram seu custo estimado em R$ 315,14 milhões.


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