Carros são responsáveis por quase 80% do trânsito nos horários de pico em SP
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05 de Dezembro de 2013 – 10h00 horas / R7
O problema da mobilidade urbana em São Paulo foi tema de mais um debate nesta terça-feira (3). Presente no evento, o secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto, defendeu a restrição do uso do carro como parte da solução para o problema. Segundo ele, os automóveis são responsáveis por 78% do trânsito na capital nos horários de pico.
Em outubro, a cidade tinha uma frota de 7,5 milhões de veículos, sendo que 72% eram carros, segundo o Detran-SP. Uma pesquisa encomendada pelo Sinaenco (Sindicato de Arquitetura e Engenharia) apontou que esse número deverá ser maior que o dobro até 2040. Para Tatto, a cidade já está “travada“ e só o incentivo ao transporte público pode evitar um cenário pior no futuro.
— Quando se fala em mobilidade, nós não podemos esperar 2025, 2030. São Paulo travou e nós estamos priorizando o transporte público. […] O viário da cidade de São Paulo não é democrático. Você tem quase 80% do viário da cidade usado por carro [em horários de pico]. 81% do transporte público são feitos por ônibus, que ocupam apenas 6% do viário.
O secretário tem, desde o início da gestão, defendido a criação de corredores de ônibus e de faixas exclusivas para suprir a ausência de linhas de metrô. Segundo ele, até 2016, o objetivo é implantar 150 km de corredores de ônibus, chegando ao total de 280 km. Os contratos para as obras deverão ser assinados no começo do ano que vem.
O problema da mobilidade urbana foi apontado como o pior relacionado à infraestrutura da cidade por 75% dos entrevistados. Os números do Detran ainda mostram que, em cinco anos, a frota de veículos na cidade de São Paulo cresceu 1,2 milhão.
O excesso de carros nas ruas faz com que as viagens diárias de quem mora longe do trabalho levem horas. Segundo o presidente do Sinaenco, o engenheiro José Roberto Bernasconi, a dificuldade para se locomover está diretamente ligada à questão da igualdade social.
— Enquanto alguns conseguem morar perto do trabalho e levam minutos para chegar, outros já não têm a mesma condição. Isso aumenta ainda mais a desigualdade.

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