Há interdições, segundo a polícia, no Km 650 da 040, em Cristiano Otoni, na região central. A Fernão Dias está interditada em Igarapé, Grande BH, e em Carmópolis de Minas, Oliveira e Santo Antônio do Amparo. Há protesto ainda na BR-356, no bairro Olhos D Água, Região Oeste de Belo Horizonte. Ali, apenas os caminhões são impedidos de passar.
A Justiça Federal em Minas Gerais havia determinado, na terça-feira, através de uma decisão em caráter liminar, o desbloqueio imediato de todas as rodovias federais no estado que estejam com trânsito interditado por caminhoneiros, filiados ou não a sindicatos. Mas a determinação foi ignorada. Segundo a decisão, são citados como réus a União Geral dos Trabalhadores de Minas Gerais (UGT-MG) e o Sindicato dos Transportes Autônomos de Carga de Minas Gerais (Sinditac-MG). Cabe recurso.
Na Bahia, centenas de caminhões estão parados na BR-116. Muitos motoristas estão preocupados porque há cargas com produtos perecíveis e que correm risco de estragar.
No Rio Grande do Sul, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal, duas rodovias federais estão bloqueadas. No Sul do estado há dois pontos com protestos. Por volta das 6h, foi feito o bloqueio no Km 66,3 da BR 392, em Pelotas. Os manifestantes proíbem a passagem de caminhões no trecho. Também no mesmo horário, no km 118,4 da mesma rodovia, começou outra manifestação.
No Litoral Norte, o bloqueio parcial continua na BR-101, em Três Cachoeiras. Na Região Norte, o bloqueio ainda ocorre em Palmeira das Missões, na BR-468.
Os manifestantes pedem, além da redução do preço do diesel e dos pedágios, que seja tabelado do preço dos fretes. Eles também pedem a revogação da Lei Federal que determina descanso de 11h a cada 24 trabalhadas e 35h de folga semanal, além de horário de intervalos diários.
O protesto, segundo os caminhoneiros, deve seguir até que representantes do governo se reúnam com líderes do sindicato da categoria.
No Rio de Janeiro, a juíza Fabíola Utzig Haselof, da 26ª Vara Federal, determinou a penhora dos bens do Movimento União Brasil Caminhoneiro (MUBC) e do presidente do grupo, Nélio Botelho, por terem convocado manifestações que interditaram rodovias federais. O valor da multa é de mais de R$ 6,3 milhões e, se a decisão for descumprida, a pena diária será de R$ 100 mil por cada hora de interrupção ao tráfego. Também cabe recurso.
Em entrevista à rádio CBN, Botelho disse que “o problema principal dos caminhoneiros e transportadores, de forma geral, está relacionada aos pedágios, ao custo do óleo diesel“.
– Queremos um tratamento especial por parte do governo federal – falou Botelho.
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