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02 de Outubro de 2014 – 05h13 horas / G1

Caminhões voltaram a atolar em uma estrada rural que fica entre Santa Cruz do Rio Pardo e Espírito Santo do Turvo (SP). Nesta quarta-feira (1º), mais de 15 caminhões aguardam ajuda de reboque para passarem pela estrada. No fim de semana, doze caminhões carregados com laranja ficaram quase 30 horas parados, correndo o risco de perder a carga.
 

Para quem trabalha com o transporte de laranjas na região o problema já está se tornando comum.“Estou parado aqui há quase 12 horas. A estrada está ruim, péssima e agora pra arrumar só cascalhando. Já tentei subir, mas se eu forçar vou acabar quebrando como outros colegas e ai o prejuízo fica maior”, reclama o caminhoneiro Alexandre Aparecido Martins.
 

A safra da laranja começou em julho e vai até fevereiro do ano que vem. Segundo os produtores esse é um  período de muita chuva e com isso as estradas ficam praticamente intransitáveis. Como essa estrada fica bem na divisa entre as cidades de Santa Cruz e Espírito Santo do Turvo, os produtores como Jorge Moreto já não sabem a quem pedir ajuda.
 

“São 4 a 5 grandes produtores aqui na região. Precisamos que os órgãos públicos se manifestem. Os municípios ficam contestando que a estrada é parte deles, parte do outro e ninguém toma a iniciativa de consertar. O prejuízo é enorme. O caminhão fica parado no caminho, chega à usina com parte da laranja podre. Até a laranja do pé que fica esperando acaba perdendo”, reclama o produtor.
 

A equipe da prefeitura de Espírito Santo do Turvo foi oferecer ajuda. O secretário de agricultura Atílio Bertolini Filho garantiu que faz manutenção regular nas estrada. “É uma estrada de divisa. É um ponto crítico, tem um excesso de tráfego, caminhões com peso acima do permitido. 90% dessa laranja que está passando não é do nosso município, são de outros que não ajudam na manutenção da estrada. A gente arruma, mas com chuva e caminhões pesados, o cascalho não para.”
 

Passar pelo lamaçal exige que os caminhoneiros passem em baixa velocidade e com dificuldade. Enquanto uma atitude não é tomada, quem sofre são os usuários. Um ônibus rural também não conseguiu passar e os trabalhadores não tinham como chegar ao serviço.
 

“Não está correndo nenhum serviço hoje por causa da estrada, a fazenda está parada. 47 pessoas estão no ônibus para trabalhar na fazenda. Constantemente a gente fica parado”, conta o fiscal de campo Luís Paulo Alves de Andrade.
 

Segundo o secretário de Espírito Santo, a vicinal tem 25 km e liga Espírito Santo a Santa Cruz, mas somente parte do trecho pertenceriam a Espírito Santo. “Estamos dispostos a conversar e resolver o problema”, afirma o secretário.


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