E mais da metade deles têm entre 6 e 15 anos de vida, como aponta novo estudo do Sindipeças
Um quarto dos caminhões do Brasil está com 16 anos ou mais. E 55% da frota tem entre 6 e 16 anos de vida. Os números fazem parte do novo Relatório da Frota Circulante divulgado pelo Sindipeças (Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores). Ainda de acordo com o estudo, 19% desses veículos têm até cinco anos de idade. Como resultado, a média etária dos caminhões encontrados é de 11 anos e 4 meses.
Essa média era de 11 anos em 2017 e só não é mais alta atualmente por causa do agronegócio, que favorece desde 2018 a retomada nas vendas do segmento de caminhões para o transporte de grãos. De acordo com a projeção do Sindipeças, a média de idade estará em quase 12 anos até o fim de 2020.
A frota de ônibus também envelhece. Como exemplo, de 2017 para 2018 passou de 10 anos e 1 mês para 10 anos e 4 meses. E quase 60% desses veículos têm entre 6 e 15 anos. De acordo com o Sindipeças, a média estará próxima a 11 anos até o fim do ano que vem.
Os anos de recessão também resultaram no envelhecimento dos automóveis. De acordo com o Sindipeças, a média etária subiu entre 2015 e 2018 de 8 anos e 11 meses para 9 anos e 7 meses e estará em 10 anos até o fim de 2020. É verdade que 27% deles têm até 5 anos, mas outros 18% estão com 16 ou mais. A idade dos comerciais leves avançou mais lentamente desde a metade da década, é mais baixa que a dos automóveis e está atualmente em 7 anos e 11 meses.
A crise também foi cruel com nossa “sambada” frota de motocicletas, atualmente com 7 anos e 9 meses em média. E 60% delas estão com 6 a 15 anos de idade.
IMPORTADOS: PARTICIPAÇÃO PRÓXIMA A 15%
O Relatório da Frota Circulante do Sindipeças revela que a participação dos importados caiu entre 2015 e 2018 apenas 0,5 ponto porcentual (de 15,1% para 14,6%). O levantamento de 2018 indica a presença de 6,5 milhões deles no País, ante 38,2 milhões de nacionais.
A participação pode se manter estável ou com baixo crescimento nos próximos anos. Embora não haja mais sobretaxação nem restrição de cotas como ocorreu durante o Inovar-Auto, a desvalorização do real vem prejudicando o desempenho desse mercado.
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