Segundo a empresa, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) fará uma análise de todas as obras realizadas na rodovia nos primeiros seis meses de contrato, que termina no dia 14 de agosto. Com o aval da ANTT, a concessionária estará apta à cobrança de pedágio. Investimento da OHL foi de R$ 142 milhões nos seis primeiros meses de obras iniciais.
Obras atrasadas
A avaliação da fiscalização da ANTT é de que as obras de melhorias iniciais da OHL estão atrasadas, sobretudo na Fernão Dias e na Régis Bittencourt, segundo uma fonte da agência. Mesmo assim, ainda é possível que a empresa termine a operação de melhorar a pista eliminando os buracos e fazendo a sinalização horizontal das pistas até meados do agosto.
Segundo a fonte da ANTT, a fiscalização percebeu que existe um reforço das frentes de trabalho nos últimos dias. Mas a resposta definitiva será dada pela agência em cerca de três semanas, quando a fiscalização fará o levantamento oficial da qualidade das obras iniciais.
O próximo passo, conforme a concessionária, será o início da construção das praças de pedágios na rodovia, que foi autorizada somente na semana passada com a publicação do decreto presidencial que determina os locais para a instalação dos pedágios e a autorização para o processo de desapropriação. Segundo a OHL, a construção demora em média três meses.
Pelo projeto da concessionária os pedágios na Fernão Dias serão instaladados seis em Minas Gerais: no km 891, Cambuí; km 795, São Gonçalo do Sapucaí; km 724, Carmo da Cachoeira; km 649, em Santo Antônio do Amparo; km 587, Carmópolis de Minas; e km 535, em Itatiaiuçu. Os dois últimos já existem e requerem somente obras de manutenção. E em São Paulo, as praças serão instaladas no km 65, em Mairiporã, e no km 7, na cidade de Vargem.
Recapeamento concluído
O recapeamento do asfalto, ao longo dos 564 quilômetros da rodovia já está praticamente concluído.
No trecho paulista, não se vê mais remendos no asfalto, o que deixava a pista irregular. Já na parte mineira da estrada, ainda há alguns trechos onde foi feito somente a operação tapa-buracos, para tornar a rodovia trafegável. De Três Corações a Pouso Alegre, cerca de 100 quilômetros, há dois meses era difícil o tráfego, pois, os buracos invadiam as duas faixas da estrada e o mato alto dificultava a visibilidade.
Hoje, a situação mudou, viajando pela Fernão Dias se tem uma sensação de segurança. A pista, em alguns trechos, ainda está irregular, em função dos remendos que foram feitos, mas a sinalização vertical já foi concluída.
Obras atrasadas
A argumentação de que o governo demorou para desapropriar áreas onde seriam construídos os postos de pedágio pode não ser a única explicação para o atraso no começo da cobrança de pedágio por parte das concessionárias, previsto para o dia 15 de agosto, seis meses depois da assinatura dos contratos de concessão das rodovias do chamado Corredor do Mercosul.
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