Notice: Function _load_textdomain_just_in_time was called incorrectly. Translation loading for the wp-pagenavi domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home/runcloud/webapps/site-prod/public/wp-includes/functions.php on line 6114

Notice: Function _load_textdomain_just_in_time was called incorrectly. Translation loading for the wordpress-seo domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home/runcloud/webapps/site-prod/public/wp-includes/functions.php on line 6114
Ação quer inspeção veicular cancelada – SETCESP
Ação quer inspeção veicular cancelada
Compartilhe
25 de Novembro de 2011 – 10h00 horas / Folha de S. Paulo
O Ministério Público ingressou ontem com ação civil pedindo à Justiça o cancelamento da inspeção veicular na cidade por suspeita de irregularidades no contrato da Prefeitura de São Paulo com a empresa Controlar.
Na ação, a Promotoria pede o afastamento imediato do prefeito Gilberto Kassab (PSD) e o sequestro de seus bens como forma de garantir o ressarcimento aos cofres públicos de supostos prejuízos provocados à população.
Segundo a ação, a contratação utilizou um “pretexto humanístico da preservação do meio ambiente e da vida“, mas que só serviu para o “enriquecimento ilícito“ dos acionistas da Controlar.
Assinam esse documento os promotores Roberto Antonio de Almeida Costa e Marcelo Duarte Daneluzzi.
Além do prefeito, que está em Paris, são alvos da ação o secretário Eduardo Jorge (Verde e Meio Ambiente), dois funcionários públicos e as empresas -e seus responsáveis- ligadas à Controlar.
A Promotoria também pede o sequestro dos bens desse grupo, do qual faz parte a CCR, atual dona da Controlar. Acionistas da CCR, Camargo Correa e Serveng aparecem entre as principais doadoras de campanha de Kassab.
A ação está avaliada em cerca de R$ 1 bilhão.
Prefeitura e Controlar negam qualquer irregularidade.
Se a ação for julgada procedente, e o grupo condenado, as taxas e multas pagas pelos proprietários deverão ser devolvidas com juros.
Por ser uma ação de improbidade, estão entre as penas previstas a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário.
Tudo errado – De acordo com os promotores, Kassab e Eduardo Jorge ressuscitaram, em 2007, um contrato para inspeção veicular cheio de irregularidades, desprezando pareceres do Tribunal de Contas e dos técnicos do município.
Entre os motivos que pensavam contra essa decisão estava o tempo desde a contratação da empresa (mais de dez anos) e sua condenação (em segunda instância) por improbidade administrativa justamente nesse contrato.
A recomendação interna era que fosse realizado um novo processo de licitação.
Nas 596 páginas da ação, os promotores enumeram uma série de irregularidades na contração da empresa desde 1995. Desde a falta de “capacitação técnica econômica e financeira“ da Controlar.
“Se você perguntar o que está errado nesse contrato, eu lhe digo: tudo. Está tudo errado. Esse contrato é uma fraude“, disse Costa.
O valor cobrado anualmente pelo serviço de inspeção veicular obrigatória em São Paulo, de R$ 61,98, também é considerado alto demais pelo Ministério Público.
Outro lado – Prefeitura e Controlar negam problemas e dizem cumprir lei.
A Prefeitura de São Paulo e o Consórcio Controlar afirmaram, por meio de notas, que cumpriram todos os trâmites legais no processo de contratação do serviço.
A prefeitura diz que não foi comunicada pelo Judiciário e reafirma que a contratação da Controlar “seguiu rigorosamente a legislação em vigor com total transparência“.
A Controlar, também por meio de nota, disse que não havia sido notificada sobre a ação civil pública protocolada ontem pelo Ministério Público Estadual.
“A concessionária prestou em diversas ocasiões todos os esclarecimentos solicitados pela Promotoria, comprovando, por meio de documentação, a lisura na implementação e no cumprimento do contrato de concessão“, afirma a nota da empresa.
Segundo a Controlar, sua atuação tem sido “baseada em princípios de honestidade, ética, transparência e respeito à população“. A empresa diz acreditar que a apuração “comprovará a regularidade da implantação do programa em São Paulo“.
A empresa aponta que a inspeção trouxe benefícios com a redução da poluição, como uma “economia de R$ 78 milhões no sistema de saúde“, segundo a nota.

voltar