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18 de Janeiro de 2019 – 15h41 horas / Luiz Marins

O temos “uberização” vem significando a ruptura com o tradicional, com o que estávamos acostumados e acomodados.

 

A informação sempre foi um monopólio da imprensa tradicional – jornais, revistas, televisão e rádios – que tinham seus leitores cativos que contavam apenas com essas fontes para se manter informados.

 

Da mesma forma eram os táxis. Se alguém precisasse de um “carro de aluguel” como eram chamados os táxis antigamente, só tinha aos taxistas para recorrer.

 

O mesmo aconteceu com os hotéis que tiveram seu monopólio rompido pelos aplicativos como AirBnb e tantos outros.

 

O termo “uberização” vem sendo mais usado exatamente porque os taxistas foram os que mais reclamaram, fizeram passeatas, ameaçaram de morte motoristas do Uber, etc.

 

E assim está a imprensa hoje.

 

Com as redes sociais – Twitter, Facebook, YouTube, WhatsApp e que tais, a imprensa perdeu o monopólio da informação e está tão inconformada quanto os taxistas em relação ao Uber.

 

Assim como os taxistas insistiram em dizer que os motoristas de Uber eram despreparados, perigosos, sem formação, etc. os jornalistas da imprensa tradicional fazem exatamente as mesmas acusações em relação aos twiteiros, whatzapeiros, facebooqueiros e youtubers. “Só nós temos a verdadeira informação” afirmam os veículos da mídia tradicional que vem sendo massacrada pelo desmascarar das “fake news” que se acostumaram a publicar sem que ninguém desmentisse.

 

Outro dia um taxista me disse que a sua classe ou muda ou morre, pois os passageiros não querem mais carro sujo e velho e motorista que cheira mal. “O Uber acostumou mal nossos clientes e agora temos que correr atrás” afirmou.

 

As semelhanças com a imprensa tradicional são muitas.

 

Um jornalista de um “tradicional veículo” me disse que nunca teve que estudar tanto, ler tanto, verificar as fontes com tanta acuidade. “As redes sociais estão nos matando de fazer trabalhar” afirmou. Hoje as fontes não são mais as grandes agências de notícias como Reuters, AP, etc. “Temos que acompanhar tudo o dia todo nas redes sociais”.

 

A imprensa tradicional envelheceu e, como as pessoas de hoje, não querem admitir que ficaram ultrapassadas.

 

Os mais jovens de todos os estratos sociais simplesmente não leem jornais, nem revistas, não ouvem rádio e nem assistem televisão. “Muitas casas têm o seu aparelho de TV desligado há meses” me disse um sociólogo urbano.

 

E como se fala hoje, é bom a velha imprensa “jair” se acostumando com os novos tempos e baixar o Twitter para saber o que está acontecendo.

 

Pense nisso. Sucesso!


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