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02 de Dezembro de 2016 – 05h46 horas / Luiz Marins

A expressão "maioria silenciosa" foi usada pela primeira vez pelo Presidente Nixon, dos EUA, para designar a grande parcela do povo americano que, segundo ele, o apoiaria, em alusão à ativa minoria que a ele se opunha, com apoio da imprensa. A expressão volta agora a ser utilizada. A capa da revista TIME de 04 de novembro de 2014 já apontava essa tendência que se tornou ainda mais visível em 2016 nos movimentos populares em vários países do mundo.

 

Na Grã-Bretanha (Brexit), nos Estados Unidos (Trump), na França (Marine Le Pen), em Portugal (que já havia feito um movimento de maioria silenciosa em 1974) e até no Brasil, cansadas do que chamam de “ditadura das minorias”, parcelas majoritárias da população, que nunca ou pouco se manifestavam, começam a fazer valer a sua voz, expor suas ideias e manifestar suas preferências pelo voto, surpreendendo as atuais lideranças, os institutos de pesquisa e mesmo a imprensa. Para o espanto de muitos, a maioria silenciosa resolveu falar.

 

E na empresa, como isso pode se refletir?

 

A sinalização para as empresas é que os dirigentes podem correr o risco de tomar decisões com base em seu poder hierárquico, muitas vezes apoiado por uma minoria, e serem surpreendidos quando a maioria silenciosa, tanto de acionistas como de colaboradores, clientes e fornecedores, quase sempre pouco ouvida e até desprezada, fazer valer a sua voz.

 

Assim, os dirigentes precisam ouvir, pesquisar, estudar e procurar entender melhor o que realmente pensa e o que deseja a maioria, repito, de seus acionistas, colaboradores, clientes e fornecedores e não se deixar levar pela pressão, muitas vezes barulhenta e ameaçadora, de minorias, que poderão estar em busca de privilégios.

 

Sem esse cuidado e disposição para ouvir, dialogar e conhecer o que realmente pensa a maioria silenciosa, as lideranças, assim como vem ocorrendo com a classe política, poderão se surpreender, perder o apoio da maioria e levar a empresa a enfrentar sérios problemas.

 

Pense nisso. Sucesso!


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