
A geração Z (abreviado gen-Z), coloquialmente chamada em inglês de zoomers, é a definição sociológica da geração de pessoas nascidas, em média, entre a segunda metade da década de 1990 até o início dos anos 2010, mais especificamente, de 1997 a 2012.
Essa geração, que já nasceu com um mouse nas mãos, é a primeira geração totalmente nativa digital. Para esses nativos, a vida tem que ser rápida, cheia de games interativos e com gratificação instantânea.
Nascidas e criadas, geralmente, em famílias pequenas, muitas vezes, filhos únicos, esses jovens, adolescentes até os 35 anos, não aprenderam a ter que “negociar” para obter o que desejam, como os nascidos em famílias maiores que tinham de negociar a hora do banho, a coxa do frango, a permissão para sair com amigos etc.
Também não aprenderam a conviver com dissabores, contrariedades, brigas entre irmãos, nem como se livrar das armadilhas de irmãos e primos invejosos. Isso tudo as fez egocêntricas, isto é, centradas em si mesmas.
A escola, sem saber muito como lidar com essa gente diferente, se tornou permissiva como os pais queriam, e mais desejavam se livrar dessas crianças e adolescentes o mais rapidamente possível, através da chamada “promoção automática.”
Agora essa geração precisa trabalhar para sobreviver e ganhar dinheiro para satisfazer seus desejos ilusórios muitas vezes realimentados pelas redes sociais onde todos só mostram sucesso, viagens, alegria e tudo o que possa fazer essa geração consumir. E agora?
São inúmeras os artigos em revistas de sociologia e antropologia que mostram que essa geração se sente desengajada, desmotivada, não vê nenhum propósito no trabalho e, ou são dispensadas rapidamente, ou mudam de emprego como se muda de roupa, em busca de um “emprego perfeito” que as motive, pague bem, seja leve, descontraído e tenha horário flexível.
É obvio que dificilmente encontrarão esse paraíso trabalhista!
Sem ter mecanismos mentais internos para enfrentar desafios (que nunca precisaram desenvolver) entram em depressão, burnout, se irritam e estafam por qualquer coisa e, o que é mais grave, buscam saídas nas drogas e até coisas piores.
Para complicar ainda mais o quadro para as empresas, a partir de 28 de maio de 2025, com a alteração da NR-1, do Ministério do Trabalho e Emprego, a saúde mental dostrabalhadores passará a ser tratada com a mesma relevância de outros riscos ocupacionais. A medida exige das empresas a atenção a fatores como assédio, burnout e estresse, ampliando a responsabilidade dos empregadores na proteção do ambiente de trabalho. Imaginem o que virá por aí para definir e tipificar o que seja “prevenir danos à saúde mental dos trabalhadores”.
O que a empresa poderá fazer na prática?
- Tomar mais cuidado ao recrutar e selecionar novos colaboradores;
- Ter uma atenção preventiva em relação a colaboradores problemáticos, pessoas tóxicas etc.
- Formar bem as lideranças em todos os níveis para detectar e evitar problemas futuros. Essas e muitas outras medidas a empresa deverá tomar para enfrentar mais este desafio.
E as novas gerações acabarão tendo que aprender, pelo caminho da realidade concreta, a enfrentar os desafios do mundo do trabalho sem ilusões fantasiosas, com os pés no chão e a cabeça no lugar.
Pense nisso. Sucesso!
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