A queda do preço dos combustíveis ocorrida nos dois últimos meses do ano passado foi decisiva para que o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) – índice oficial de inflação do Brasil – fechasse o ano de 2018 em 3,75%, valor abaixo do centro da meta de 4,5% estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional. Os dados constam no boletim Economia em Foco, divulgado pela CNT (Confederação Nacional do Transporte) nesta terça-feira (15).
Segundo o documento, em novembro, a queda no preço dos combustíveis foi de 2,42% – enquanto a gasolina ficou, em média, 3,07% mais barata, o diesel caiu 0,58%. Já em dezembro, o preço da gasolina caiu 4,80% e o do óleo diesel, 3,45%. Essa redução pode ser explicada, sobretudo, pela diminuição do preço do petróleo no mercado internacional nos dois últimos meses do ano.
Os combustíveis são um dos itens analisados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e fazem parte do grupo Transportes. Em novembro passado, o grupo apresentou a menor variação (-0,74%) e o menor impacto (-0,14 p.p.) entre os grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE. Já em dezembro, o grupo novamente registrou a menor variação (-0,54%) e o menor impacto (-0,10 p.p.) no IPCA, também em razão dos combustíveis, que caíram, em média, 4,25%.
Sobre o IPCA
O índice tem por objetivo medir a inflação de um conjunto de produtos e serviços comercializados no varejo, referentes ao consumo pessoal das famílias, cujo rendimento varia entre 1 e 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte de rendimentos. Os produtos e serviços consumidos pelas famílias são classificados em nove grupos: Alimentação e Bebidas; Habitação; Artigos de Residência; Vestuário; Transportes; Saúde e Cuidados Pessoais; Despesas Pessoais; Educação e Comunicação.
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