O dinheiro arrecadado pela Prefeitura de São Paulo com a aplicação de multas por infrações de trânsito, que compõem, por lei, o chamado Fundo Municipal de Desenvolvimento do Trânsito (FMDT), vai custear os laudos estruturais que a gestão Bruno Covas (PSDB) pretende fazer nos 185 viadutos e pontes da capital paulista. A informação foi confirmada nesta terça-feira (11) pela Siurb (Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras).
De acordo com a Secretaria, se for necessário, a atual gestão “buscará recursos estaduais e federais para execução do diagnóstico sobre as 185 pontes e viadutos existentes na cidade sob a responsabilidade da Prefeitura”.
Ainda segundo a Siurb, nesta terça-feira, 31 empresas se cadastraram, após a abertura de um chamamento público, como interessadas em elaborar a vistoria técnica, um conjunto de laudos estruturais, dos viadutos e pontes da cidade. A Siurb analisará ao longo dos próximos dias se quais deles têm condições técnicas de realizar esse trabalho. A Prefeitura ainda não sabe o valor total que será gasto com esses laudos.
Raio-x
Depois de um dia de testes, a Prefeitura descartou a utilização do chamado georadar. Os técnicos concluíram que o aparelho não fornece informações 100% precisas do interior do viaduto porque não tem capacidade de trabalhar com profundidade.
Ficou decidido que os engenheiros farão uma tomografia do viaduto. Serão instalados nos canteiros de obras, por pelo menos dois dias seguidos, equipamentos específicos de engenheira que atuam como se fossem máquinas de raio-X em várias posições no viaduto. Esses equipamentos farão a radiografia do interior da estrutura.
Os técnicos suspeitam que haja, dentro do viaduto, uma quantidade maior de aço do que a especificada no projeto fornecido pelo DER. Apenas com essas informações sobre a quantidade de aço é que os engenheiros poderão determinar os próximos passos da obra de recuperação do viaduto.
Durante o procedimento, que a princípio, deve acontecer ao longo de toda quinta (13) e sexta-feira (14), o canteiro de obras será isolado, com o afastamento dos operários, já que o procedimento é radioativo. No entanto, o raio de isolamento será feito apenas dentro do canteiro de obras. O trânsito na pista local da marginal e o funcionamento do trem da CPTM não serão afetados.
O equipamento será alugado por um preço ainda não definido e de uma empresa com nome ainda não divulgado.
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