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28 de Maio de 2018 – 15h34 horas / Reuters

A taxa de desemprego brasileira recuou a 12,9% no trimestre encerrado em abril, movimento que veio com as pessoas desistindo de procurar uma recolocação diante da instabilidade da economia e das incertezas políticas.

 

A taxa de desemprego apurada pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua recuou em relação aos 13,1% vistos no primeiro trimestre e aos 13,6% do mesmo período do ano anterior.

 

A expectativa em pesquisa da Reuters para o dado divulgado nesta terça-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ficaria em 13,0%.

 

Esse recuo, entretanto, deve-se ao desalento dos trabalhadores, e não exatamente à melhora do mercado de trabalho. Nos três meses até abril, o país somava 65,176 milhões de pessoas fora da força de trabalho, contra 64,868 milhões no trimestre até março.

 

No primeiro trimestre, a subutilização da força de trabalho e o desalento no Brasil já haviam batido recorde.

 

Com isso, no trimestre até abril, o Brasil chegou a 13,413 milhões de desempregados, contra 13,689 milhões no primeiro trimestre e 14,048 milhões no mesmo período de 2017.

 

Em abril, o número de pessoas ocupadas chegou a 90,733 milhões, acima das 90,581 milhões até março e das 89,238 milhões nos três meses até abril de 2017.

 

O mercado continuava mostrando deterioração do emprego formal, uma vez que o contingente de empregados com carteira assinada mostrou queda de 1,7% nos três meses até abril em relação ao ano anterior, para 32,729 milhões.

 

A Pnad Contínua mostrou ainda que o rendimento médio do trabalhador chegou a 2.182 reais nos três meses até abril, sobre 2.174 reais em março e 2.165 reais no mesmo período do ano passado.

 

O mercado de trabalho reflete a instabilidade vista na atividade econômica brasileira, em meio à uma cena política que afeta a confiança dos agentes econômicos.


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