Alta do preço de combustíveis pressiona custo operacional dos transportadores
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06 de Fevereiro de 2018 – 01h11 horas / CNT

A inflação do grupo de Transporte, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), encerrou o ano de 2017 com alta de 4,1%, percentual que é superior ao da média nacional, calculada em 2,95% (menor patamar desde 1998). O resultado reflete, principalmente, a alta no valor dos insumos, em especial no dos combustíveis.

 

Os dados integram o boletim Conjuntura do Transporte – Macroeconomia, trabalho inédito lançado pela CNT (Confederação Nacional do Transporte) na última quarta-feira (31/01). Segundo o levantamento da Confederação, os combustíveis subiram, em média, 8,8% no ano passado. O diesel teve elevação de 8,35%; a gasolina aumentou 10,3%.

 

Uma possível explicação para isso é a nova política de preços da Petrobras, que prevê reajuste diário dos valores das refinarias para as distribuidoras, acompanhando taxas de câmbio e cotações do petróleo no mercado internacional. Além disso, houve majoração, em julho, da alíquota do PIS/Cofins dos combustíveis. No diesel, o aumento foi de R$ 0,21 por litro; na gasolina, R$ 0,41 por litro.

 

Aquisição de veículos

A desaceleração intensa da inflação e o corte da taxa básica de juros da economia (a Selic), que fechou 2017 em 7% ao ano, tiveram impactos positivos no crédito livre para aquisição de veículos.

 

Segundo o boletim da CNT, os indicadores divulgados pelo Banco Central mostram que, concomitantemente ao aumento do saldo total de crédito, houve queda da taxa média de juros, aumento do prazo médio para pagamento dos empréstimos e também diminuição do percentual de empréstimos atrasados entre 15 e 90 dias e de inadimplentes.

 

Diante do cenário favorável, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), por exemplo, anunciou, em janeiro, que passará a financiar até 100% do valor de caminhões e ônibus pela linha BNDES Finame para MPMEs (micro, pequenas e médias empresas). Antes, a participação do banco se limitava a 80% do total. A medida é um incentivo para que o setor transportador volte a investir na renovação e ampliação da frota.

 

Conjuntura do Transporte

Trabalho inédito da Confederação Nacional do Transporte, o boletim Conjuntura do Transporte – Macroeconomia foi desenvolvido com o objetivo de avaliar como a conjuntura econômica mundial e doméstica impacta o setor. O boletim será divulgado mensalmente e contará com a análise de temas relacionados a três grandes áreas: macroeconomia, investimentos e desempenho do setor de transporte no Brasil.

 

Dessa forma, a CNT lança mais uma ferramenta para contribuir com os transportadores brasileiros ao fornecer mais uma fonte de informação a fim de que se prepararem para os efeitos das variações que ocorrem nos mercados mundial e doméstico.


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