Em outubro, as vendas do comércio varejista no Estado de São Paulo cresceram 4,3% em relação ao mesmo mês de 2016 e atingiram R$ 52,7 bilhões, R$ 2,17 bilhões acima do apurado no mesmo período do ano anterior. Com esses resultados, a variação acumulada no ano de 2017 foi de 4,4%, que, em termos reais, representa um faturamento R$ 21,2 bilhões superior ao registrado entre janeiro e outubro de 2016.
Os dados são da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), com base em informações da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP).
Como tem sido recorrente há meses, em outubro, o desempenho do varejo foi positivo em todas as 16 regiões analisadas, com destaque para as regiões de Guarulhos (10,4%), Taubaté (8,4%) e Araçatuba (7,5%).
Todas as nove atividades pesquisadas mostraram aumento em seu faturamento real em outubro, com destaque para concessionárias de veículos (9,2%); outras atividades (3,3%); e materiais de construção (8,5%), que, somadas, contribuíram com 2,4 pontos porcentuais (p.p.) para o resultado geral.
De acordo com a FecomercioSP, o ciclo de recomposição das vendas varejistas permanece sustentado pela conjunção positiva de inflação, emprego e crédito, que elevou o nível de confiança das famílias e das empresas. O processo de recuperação permanece liderado pelo segmento de bens duráveis, o mais afetado pela crise 2014-2016, quando sofreu retração de vendas de 30%. As atividades ligadas ao comércio desses bens apresentaram um resultado acima das expectativas traçadas no início de 2017, o que indica que os consumidores estão mais seguros para a aquisição de bens dependentes de crédito, em função da melhoria de suas expectativas.
Expectativa
Segundo projeções da FecomercioSP, o faturamento real do varejo paulista continua apontando para um crescimento anual ao redor de 4% em 2017. Contribuem para esse cenário o bom desempenho do PIB trimestral e a melhora no nível do emprego, aliados à permanência de uma inflação sob controle e juros em queda, a estabilidade cambial e dos mercados, além dos resultados positivos na balança comercial.
Capital paulista
As vendas do varejo na capital paulista apresentaram, em outubro, um crescimento de 2,4% no seu faturamento real em relação ao mesmo período de 2016. Apesar do resultado positivo, foi o segundo pior desempenho entre as 16 regiões analisadas. Considerando a série histórica a partir de 2008, foi o quinto maior resultado do varejo paulistano para um mês de outubro, com receita de R$ 16,4 bilhões, R$ 380,8 milhões a mais do que a registrada em outubro de 2016.
Sete das nove atividades apontaram crescimento no mês, no comparativo com outubro de 2016, com destaque para os segmentos de concessionárias de veículos (6,4%); farmácias e perfumarias (5,9%); e materiais de construção (7%) que, somados, contribuíram com 2 pontos porcentuais (p.p.) para o resultado geral. Os desempenhos negativos foram observados nos segmentos de supermercados (-0,3%) e outras atividades (-1,9%).
Para a Entidade, os indicadores econômicos positivos geram estimativas otimistas para o crescimento do varejo na capital. A FecomercioSP estima que o faturamento real anual do comércio paulistano cresça 5% em 2017.
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