O movimento do transporte de cargas no Brasil rendeu, só em dezembro do ano passado, R$ 411 bilhões – uma alta de quase 35% na comparação com o mesmo período de 2016, segundo levantamento da T&M Tecnologia, especializada no processo de averbação eletrônica no Brasil.
De acordo com o levantamento da empresa, o valor registrado envolve gastos com seguros, incluindo o seguro de responsabilidade civil obrigatório, conforme resolução 247 do órgão regulador Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), gerando a movimentação de 80 milhões de documentos de seguros, entre transportadoras, corretores, embarcadores e seguradoras.
Em dezembro de 2016, de acordo com a T&M Tecnologia, foi registrado R$ 305 bilhões em movimentação de transporte de cargas no país, gerando a movimentação de 60 milhões de documentos entre transportadoras, corretores, embarcadores e companhias de seguros.
Novas obrigações
Segundo o sócio diretor da AT&M, Flademir Lausino de Almeida, desde outubro de 2017, após as novas exigências das Secretarias de Fazenda dos Estados e da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), em relação à emissão obrigatória do Manifesto de Documentos Fiscais eletrônico – versão 3.00 (MDF-e) para transportes de cargas interestaduais, é preciso emitir o Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e) e averbar a carga transportada.
“Depois, com o número da averbação eletrônica é possível realizar a emissão do MDF-e, documento fiscal que pode ser solicitado nas fronteiras de cada estado pela fiscalização”, comenta o executivo.
Como resultado desse processo com mais etapas para a liberação dos produtos a serem transportados no Brasil, a movimentação da carga registradas vem ultrapassando mais de R$ 400 bilhões por mês, desde o último trimestre do ano passado.
“Durante todo o ano passado, as seguradoras, transportadoras e embarcadores foram se adaptando para o cumprimento destes requisitos, o que fez aumentar o registro de movimentação de cargas no país. As oscilações de um mês para o outro também têm influência com base no desempenho da economia” finaliza Almeida.
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