Compartilhe
12 de Maio de 2016 – 02h22 horas / NTC

A Câmara dos Deputados aprovou no último dia 04, medida provisória que amplia o prazo para que caminhoneiros refinanciem suas dívidas junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A proposta também aumentou prazos para evitar que produtores rurais tenham suas dívidas referentes a operações de crédito encaminhadas para cobrança judicial, ou sejam inscritos na Dívida Ativa da União (DAU). A matéria foi aprovada em votação simbólica e seguiu para análise do Senado Federal.

 

A MP aprovada ampliou até 30 de dezembro deste ano o prazo para que o BNDES refinancie contratos firmados até 31 de dezembro de 2014 por caminhoneiros destinados, por exemplo, à aquisição e ao arrendamento mercantil de caminhões, chassis, caminhões-tratores, carretas, cavalos mecânicos, reboques e carrocerias, dentre outros, seja ele feito por caminhoneiros, por cooperativas de transporte ou empresas. O prazo para refinanciamento tinha acabado no fim de 2015.

A ampliação do prazo de refinanciamento foi um dos pedidos feitos por representantes dos Transportadores Rodoviários de carga ao governo federal para encerrar as manifestações de caminhoneiros no ano passado.

A MP aprovada hoje pelos deputados também prorrogou até 31 de dezembro de 2017 a suspensão de cobranças judiciais e de inclusão na DAU das dívidas de produtores rurais do Nordeste relacionadas a operações de créditos rurais de até R$ 100 mil relativas a empreendimentos localizados na área de abrangência da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE) e contratados até 31 de dezembro de 2006. A suspensão tinha acabado em dezembro do ano passado.

A proposta aprovada pelos deputados também prorrogou até 31 dezembro de 2017 o prazo para inscrição de imóveis rurais no chamado Cadastro Ambiental Rural (CAR). O cadastro é um registro eletrônico obrigatório que serve como base de dados para que o governo monitore e controle do desmatamento de florestas e é requisito obrigatório para obtenção de crédito rural. O prazo acabava em 5 de maio, e o Ministério do Meio Ambiente já analisava possível aplicação de multas.

Jabuti

Na votação da MP, deputados aprovaram uma emenda do deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) considerada "jabuti", ou seja, com conteúdo alheio à proposta original. A emenda concedeu anistia de multas a empresas por atrasos na entrega da Guia de Recolhimento do FGTS e de Informações à Previdência Social (GFIPs) entre 27 de maio de 2009 e 31 de dezembro do ano passado. A GFIP contém informações de vínculos empregatícios e remunerações que devem ser prestadas por empresas.

O ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), tinha retirado a emenda da pauta de votação, por se tratar de "matéria estranha", em conformidade com decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que proibiu a votação de jabutis. No entanto, Faria de Sá apresentou recurso, que acabou aprovado em votação simbólica pela maioria dos deputados e, consequentemente, a emenda voltou à pauta de votação. A emenda, contudo, ainda pode vir a ser contestada no STF.

O texto foi aprovado em votação simbólica com apoio tanto de governistas como de opositores da presidente Dilma Rousseff e concede mais benefícios para a quitação ou renegociações de dívidas de produtores rurais e caminhoneiros. A matéria seguiu para análise do Senado Federal.


voltar

SETCESP
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.