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05 de Abril de 2016 – 04h11 horas / Jornal Renault

A fábrica da Renault em São José dos Pinhais, no Paraná, está a menos de 15 quilômetros do Afonso Pena, o aeroporto internacional da região metropolitana de Curitiba/PR e a mais de 430 quilômetros do aeroporto de Guarulhos, na Grande São Paulo. Apesar disso, a montadora de origem francesa, quinta maior fabricante de carros do Brasil, decidiu trocar o aeroporto do Paraná pelo paulista como ponto de desembarque das peças que importa dos centros de logística na Europa.

 

O motivo é que, embora tenha que assumir um custo quase três vezes maior no transporte rodoviário, o frete aéreo pago a cada quilômetro componente em Guarulhos é bem menor: €2,05 (R$8,31 pelo câmbio de 31/03), contra os €3,59 (R$14,55) do aeroporto paranaense.


“Em Guarulhos, há voos mais constantes e a concorrência [entre companhias aéreas] é maior, tendo reflexo nos preços das tarifas”, afirma Luiz Quinalha, diretor de fabricação da Renault.

 

“Após ser privatizado, vimos também [no aeroporto de Guarulhos] uma redução nos preços cobrados aos usuários”, acrescenta o executivo.

 

A iniciativa, segundo calcula a montadora francesa, já rendeu uma economia de R$37,00 por carro produzido no ano passado. Tendo em vista que a Renault montou 175.5 mil veículos em 2015, estima-se que a empresa tenha economizado perto de R$6,5 milhões com a simples troca de aeroporto.

 

Ações como essa, afirma Quinalha, se somam a outras medidas adotadas pela companhia para reduzir gastos com movimentações de carga tanto fora quanto dentro de seu parque industrial. No rol de ações, incluem-se soluções que visam o transporte de um número maior de peças numa única viagem, como a compactação de embalagens – esta responsável pela economia de €15, ou R$61,00, por automóvel fabricado.

 

A intenção é aliviar custos com logística num momento em que os preços das peças importadas sofrem pressão do câmbio mais caro e as montadoras operam com prejuízo porque, entre outros motivos, não conseguem repassar totalmente essa conta ao consumidor, em razão da queda drástica da demanda – este ano no pior patamar em uma década.

 

Substituir o aeroporto vizinho de Curitiba pelo aeroporto de Guarulhos foi uma ideia que nasceu numa espécie de concurso interno da Renault, no qual a montadora dá prêmios como estadias em resorts e iPhones, o celular da Apple, a equipes que apresentem os melhores projetos de redução de custo.

 

Aproximadamente 5% das peças importadas que abastecem as linhas de montagem na fábrica de São José dos Pinhais são transportadas por companhias aéreas. Em geral, a empresa recorre a esse serviço em situações de urgência, quando não pode esperar dias pela entrega do material por navios cargueiros.


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