Mercado aumenta a projeção de queda do PIB em 2016, mas reduz estimativa de inflação
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21 de Março de 2016 – 05h06 horas / O Estado de São Paulo

Analistas do mercado financeiro revisaram mais uma vez suas projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2016 para baixo. De acordo com o Relatório de Mercado Focus divulgado nesta segunda-feira, 21, pelo Banco Central, a perspectiva de retração da atividade do ano que vem passou de 3,54% para 3,60%. Há um mês, a mediana das projeções estava em 3,40%.

 

Também houve piora nas expectativas para a produção industrial este ano. A mediana saiu de -4,45% para -4,50% – um mês antes estava em -4,40%.

 

Já a mediana das projeções para o IPCA de 2016 teve uma leve queda: agora, a taxa está em 7,43%, ante 7,46% da semana passada e 7,62% de quatro semanas atrás. Mesmo menor, o porcentual ainda está bem acima do teto da meta estabelecida pelo governo, de 6,5% ao ano.

 

As estimativas para o câmbio também foram revisadas para baixo: a moeda deve chegar em 31 de dezembro comercializada a R$ 4,20, contra os R$ 4,25 estimados no levantamento da semana passada.Um mês antes, a mediana das previsões estava em R$ 4,36.

 

Para a taxa básica de juros da economia, a Selic, não houve alterações. O relatório projeta que a taxa encerrará 2016 em 14,25% ao ano, mesmo patamar registrado no documento passado, também igual ao valor atual da Selic.

 

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o colegiado manteve o juro inalterado, mas com dois votos dissidentes de alta (0,50 pp). O foco do Banco Central para a meta de inflação passou a ser 2017, já que este ano a taxa encontra-se muito distante do patamar perseguido pelo governo. Para o ano que vem, o mercado espera que a taxa Selic termine o ano em 12,50%. 

 

Entre os economistas que mais acertam as projeções para o rumo da taxa básica de juros, o grupo Top 5 no médio prazo, a estimativa para 2016 ficou mantida em 14,00% aa. Já para 2017, a previsão é que a taxa encerre o ano em 12,50%, contra 12,25% do último documento.

 

No caso da relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB de 2016, a projeção dos analistas passou de 41,00% para 41,05% – quatro edições antes estava em 40,70%. Para 2017, a taxa passou de 45,00% para 45,30% – um mês antes estava em 44,00%.


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