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19 de Janeiro de 2015 – 04h55 horas / O Tempo

Imposto, seguro, estacionamento, limpeza, manutenção preventiva, combustível. Somados, os custos para manter um carro chegam a R$ 1.100,80 por mês, ou 39% a mais que o salário mínimo. O valor foi calculado pela agência Autoinforme, que mostrou alta de 4,1% na chamada “inflação do carro” no ano passado. Os cálculos são para um carro 1.0 seminovo e deixam de fora gastos com prestação.
 

“As pessoas ficam tão fascinadas pela ideia de ter um carro que fazem a conta só para saber se a prestação cabe no bolso”, diz a educadora e consultora financeira Adriana Fileto, autora do livro “Cuide do Seu Bolso e do Planeta”. Ela diz que o cenário deste ano, com inflação e juros altos, não é favorável para quem quer entrar em um financiamento para adquirir ou trocar de carro.
 

Para quem já tem um carro, ela aconselha fazer as contas para saber se vale a pena reduzir o uso ou mesmo abrir mão do veículo. O economista Érico Grossi decidiu dividir o uso do carro com o da bicicleta. Há dois meses ele vai para o trabalho pedalando duas vezes por semana. O que mais pesou na tomada de decisão foi o estilo de vida, mas ele também já sentiu o impacto no bolso. “A bicicleta me permite fazer um exercício físico que eu não tenho tempo em outros horários”, diz. Mas ele fez as contas e percebeu que deixou de gastar entre R$ 100 e R$ 120 de gasolina por mês ou, pelo menos, R$ 1.200 de economia em um ano.
 

Mesmo assim, o gasto mensal com o carro continua entre R$ 700 e R$ 800. “Considerando tudo: IPVA, seguro, combustível, desgaste, manutenção e capital imobilizado”, afirma.
 

O custo do carro foi o que levou Marcos Vinícius dos Anjos a abrir mão do veículo no fim do ano passado. Ele ficou motorizado apenas um ano, o suficiente para perceber que a despesa era bem maior do que a prestação. “Carro é um conforto muito caro”, diz.
 

Nas contas dele, o carro custava cerca de R$ 1.000 por mês. “Posso pegar táxi à vontade que não gasto nem metade disso”, afirma. Hoje, ele opta por táxi, ônibus ou bicicleta, conforme o horário e o trajeto. Para trabalhar, em geral, ele vai de ônibus. Para pequenas distâncias, a opção é a bicicleta, e, quando sai à noite, ele usa táxi. “Não sinto falta do carro”, garante.


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