Movimento em rodovias em novembro cai 0,5% em um ano e 0,4% em um mês
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10 de Dezembro de 2014 – 02h10 horas / Valor Econômico

O movimento em rodovias medido pelo índice ABCR de Atividade, da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias. registrou queda de 0,4% em novembro na comparação com outubro, considerando dados dessazonalizados. Houve queda tanto entre os veículos pesados, historicamente ligados a indicadores de atividade industrial, como nos veículos leves – relacionados a dados de emprego e renda.

 

Em veículos pesados, houve recuo de 0,3% em termos dessazonalizados. “No caso de veículos pesados, vale ressaltar que a dinâmica da produção industrial mantém o índice negativo. No acumulado do ano, a produção industrial registrou queda de 3%, setor que tem influenciado negativamente o PIB no Brasil.
 

A queda de exportações também é fator preponderante, bem como o aumento indesejado de estoques na indústria”, diz Rafael Bacciotti, economista da Tendências, em texto divulgado pela Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias.
 

“No caso dos veículos leves, a queda de 0,4% em relação a outubro está diretamente ligada ao comparativo de emprego e renda apontados pelo IBGE e Ministério do Trabalho. O mercado de trabalho formal tem registrado demissões nos últimos meses e a variação de renda, mesmo positiva, é menor em relação aos anos anteriores”, explica Bacciotti.
 

Em relação a novembro de 2013, o índice total apresentou queda de 0,5%. O fluxo de veículos leves apresentou pequeno aumento de 0,4%, enquanto o fluxo de pesados recuou 3%.
 

No acumulado do ano (janeiro a novembro de 2014 ante janeiro a novembro de 2013), o fluxo total teve expansão de 2,3%. Considerando essa mesma base de comparação, o fluxo de leves cresceu 4,2% e o de pesados continuou registrando queda, de 2,7%.
 

Para Bacciotti, a manutenção da queda de veículos pesados revela o enfraquecimento da produção industrial, mas, com o cenário de novembro, já há sinais de enfraquecimento também para os veículos leves. “Os salários ainda têm sido reajustados acima da inflação. De todo modo, o cenário prolongado de baixo crescimento e emprego deve começar a afetar negativamente a renda do trabalhador nos próximos trimestres”, destaca Bacciotti.
 

A avaliação do economista para o comparativo ano a ano se mantém, ou seja, a tendência de queda contínua da produção industrial continua sem demonstrar sinais de recuperação no curto prazo.
 

O índice que mede o fluxo pedagiado de veículos nas estradas concedidas à iniciativa privada é produzido pela Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias em conjunto com a Tendências Consultoria Integrada.


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