Mapeamento do IBGE destaca concentração de infraestrutura logística no Centro-Sul
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09 de Dezembro de 2014 – 04h52 horas / CNT

Já está disponível o novo mapa mural “Logística dos Transportes no Brasil”, elaborado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que permite uma visualização integrada da infraestrutura de transportes existente hoje no Brasil, além uma análise do movimento de cargas, mercadorias e de pessoas de um ponto a outro do país. Conforme o órgão, “uma escolha racional dos modais evita desperdício de tempo, energia, trabalho, grandes congestionamentos e aumenta a eficiência e a competitividade das empresas, tanto para negócios internos quanto para melhorar a competitividade internacional do país”.
 

A publicação destaca a predominância do modal rodoviário sobre os demais, com maior vascularização e densidade que os demais. Apesar disso, a distribuição é desigual, com concentração na região Centro-Sul do Brasil, com destaque para algumas regiões: a Grande São Paulo e as Regiões Metropolitanas do Rio de Janeiro, de Belo Horizonte e de Porto Alegre.
 

Além disso, chama a atenção para “vazios logísticos”, onde a rede de transporte é mais escassa, como o interior do Nordeste; a região do Pantanal, exceto a área de influência da hidrovia do Paraguai; e o interior da floresta amazônica, à exceção do entorno das hidrovias Solimões-Amazonas e a do Madeira.
 

São Paulo tem maior integração intermodal
 

É no estado de São Paulo que se encontra a maior densidade de rodovias e a maior integração entre os modais. Esse é, por exemplo, o único estado que apresenta uma infraestrutura de transportes na qual as cidades do interior estão conectadas à capital por uma vasta rede, incluindo rodovias duplicadas, ferrovias e a hidrovia do Tietê. Além disso, é em território paulista que está localizado o maior aeroporto do país, o de Guarulhos, e o porto organizado com maior movimentação de carga, Santos.
 

Necessidade de melhorias na infraestrutura rodoviária
 

Para o IBGE, chama atenção a extensão de rodovias pavimentadas não duplicadas no noroeste do Paraná, no Rio de Janeiro, no sul de Minas Gerais, no Distrito Federal e entorno, no litoral da Região Nordeste. Conforme o órgão, pela relevância econômica das regiões, é necessário melhorar a acessibilidade por meio da infraestrutura de transportes.
 

Além disso, destaca a quantidade de rodovias implantadas não pavimentadas no norte do Mato Grosso, área de expansão da fronteira agrícola.
 

Ferrovias e hidrovias
 

O levantamento do IBGE salienta, ainda, a reduzida distribuição de ferrovias e a baixa exploração do modal hidroviário, apesar das necessidades e do potencial do Brasil para investimento nesse tipo de transporte.
 

Como a maior parte da malha ferroviária é utilizada para o escoamento das commodities, principalmente minério de ferro e grãos, os principais eixos ferroviários são aqueles que ligam as áreas de produção/extração dessas mercadorias aos grandes centros urbanos e aos portos do país. Assim, algumas ferrovias importantes estão distantes da região Sudeste, como, por exemplo, a Ferrovia Norte-Sul, que liga Anápolis (GO) ao Porto de Itaqui, em São Luís (MA), transportando predominantemente soja e farelo de soja; a Estrada de Ferro Carajás, que liga a Serra dos Carajás ao Terminal Ponta da Madeira, também em São Luís, levando principalmente minério de ferro e manganês; e a Estrada de Ferro Vitória-Minas, que carrega predominantemente minério de ferro para o Porto de Tubarão.
 

Já quanto às hidrovias, pelas características regionais, é no Norte onde são mais utilizadas, com destaque para a Solimões/Amazonas e a do Madeira. Outras hidrovias de extrema importância para o país são as do Tietê-Paraná e do Paraguai, especialmente para circulação de produtos agrícolas.


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