Começaram ontem as obras de ampliação e recuperação no Contorno de Jaú, entre os quilômetros 177,4 e 185,5, na rodovia Antônio Prado Galvão de Barros (SP-225). A via ganhará um quilômetro de novas marginais, sendo 500 metros de cada lado. Além disso, os 13 quilômetros de marginais já existentes serão recuperados e interligados a partir da implantação de 600 metros de alças de acesso.
O secretário de Logística e Transportes do Estado de São Paulo, Clodoaldo Pelissioni, participou da solenidade que marcou o início das dos serviços ontem e explicou a importância da obra. “Estamos interligando as marginais das três rodovias que se encontram no contorno. Isso é muito bom porque aquele motorista que não tiver outro município como seu destino não precisará entrar na rodovia; vai circular pelas marginais”.
A obra tem investimento de R$ 36 milhões, verba proveniente dos pedágios, e será realizada pela concessionária Centrovias, com fiscalização da Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp). A previsão é de que os trabalhos sejam concluídos em até 12 meses.
A intervenção auxiliará o tráfego municipal e as viagens de longa distância, além de facilitar a fluidez viária e aumentar a segurança dos motoristas e pedestres que utilizam a rodovia. O trecho recebe, em média, 40 mil veículos por dia. Durante a obra serão gerados 350 empregos diretos e indiretos.
As obras não estavam inicialmente previstas no contrato da concessionária, mas serão realizadas devido importância para a segurança, fluidez viária e desenvolvimento da região. A ampliação da infraestrutura rodoviária ajudará a estabelecer um novo Distrito Industrial em Jaú.
O prefeito Rafael Agostini (PT) observou que é preciso “somar esforços” para que as condições de infraestrutura da cidade melhorem. Segundo ele, essas obras do contorno viário vão fazer com que toda a extensão da pista, onde estão os distritos industriais e grande número de empresas, tenha melhor condição de trafegabilidade.
“Tem trechos que não estão interligados. Onde vai ser a Ambev, por exemplo, não tem interligação entre as duas pistas. A obra está prevendo, além da recuperação asfáltica, a integração da rodovia e os trechos urbanos”.
MAIS
Investimentos importantes estão sendo realizados na SP-225. Em junho, teve início operação de recapeamento entre os quilômetros 183,8 e 235. A rodovia recebe melhorias entre Jaú e Bauru, beneficiando também outros municípios como Itapuí, Jaú e Pederneiras. Com investimento de R$ 40 milhões, a obra tem previsão de término em junho de 2017.
Além dos investimentos nas rodovias, a Secretaria do Estado de Transportes informa que a concessão permite o repasse ao município do Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza (ISS-QN) que incide sobre as tarifas dos pedágios. Desde o início do programa de concessão, os municípios da região de Bauru já receberam juntos R$ 51 milhões, dos quais, só neste ano, foram R$ 6 milhões até agosto.
Bauru-Iacanga terá fiscalização intensa
Em passagem por Bauru nesta terça-feira, o secretário de Logística e Transportes de Estado de São Paulo, Clodoaldo Pelissioni, garantiu que até o fim de dezembro serão concluídas as obras de duplicação da rodovia Bauru-Iacanga (SP-321), que liga a cidade ao aeroporto Moussa Tobias. Ao JC, ele adiantou a possibilidade de instalação de radares de velocidade na via.
O Departamento de Estradas e Rodagem (DER), vinculado à secretaria, trabalha na homologação de mais de 400 pontos de controle em rodovias não concessionadas, sendo que 18 deles estarão na região de Bauru.
A programação inicial não contempla o trecho de 11,2 quilômetros da obra. Pelissioni, porém, observa que a boa qualidade da via após a duplicação e a construção de marginais exigirá a instalação do radar.
“Quando melhora a condição da pista, a turma corre mais. Exemplo disso foi uma rodovia de Ribeirão Preto. Assim que entregamos, houve uma festa, o pessoal bebeu demais. O episódio resultou em 10 acidentes com três mortes”, relata o secretário de Transportes.
Pelissioni ressalta que o pacote de radares em rodovias não pedagiadas não tem como objetivo multar os motoristas, mas reduzir a quantidade de acidentes.
“Eles serão muito bem sinalizados para que todos possam respeitar a velocidade permitida. Precisamos de um tripé para prevenir tragédias: melhorar a engenharia, fiscalizar e conscientizar”, pontua.
Nesse sentido, o secretário lembra que as obras na Bauru-Iacanga resultam de investimento de R$ 90 milhões e da parceria com a prefeitura, que se responsabilizou pelas desapropriações de áreas.
Clodoaldo explica que essa etapa está adiantada, restando alguns casos isolados de casas muito simples, próximas à rodovia, das quais as famílias devem ser removidas para que não sejam colocadas em perigos em função do impacto das obras. Falta também a retirada de alguns postes de energia que estão na via.
“É uma obra muito moderna, que contempla cerca de 10 quilômetros de marginais e mais seis viadutos”, finaliza.
Endossando recentes declarações do governador Geraldo Alckmin (PSDB), Pelissioni afirmou que não há previsão para concessão e implantação de pedágios na Bauru-Iacanga.
Marginais da Rondon
O secretário Clodoaldo Pelissioni reforça o compromisso de tentar a antecipação, junto à concessionária ViaRondon, da construção das marginais no trecho urbano da rodovia Marechal Rondon (SP-300), em Bauru.
“O contrato de concessão prevê que essas obras ocorram só em 2017, mas já estamos conversando. Eu passei pela Rondon em horários de pico e essa necessidade é incontestável”, pontua.
Pelissioni não descarta também a inclusão da via Elias Miguel Maluf, que liga a região da Vila Dutra à Bauru-Marília, em um pacote de melhorias a rodovias de acesso.
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