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30 de Setembro de 2014 – 04h31 horas / Jornal de Uberaba

Os motoristas que trafegam pela BR-050, no trecho que liga Cristalina (GO) à divisa de Minas Gerais com São Paulo, devem começar a pagar pedágio no próximo ano. Em Uberaba, a cobrança será no km 109 e, em Delta, na altura do km 195.

A reportagem do JORNAL DE UBERABA tentou falar com um funcionário da empresa MGO Rodovias – Concessionária de Rodovias Minas Gerais Goiás S/A, que disse que não tem autorização para dar maiores detalhes, mas informou que estão previstos para a BR-050 seis pedágios: Ipameri-GO, Campo Alegre de Goiás, dois em Araguari (km's 11 e 52), um no km 109 em Uberaba e o sexto em Delta, próximo à divisa com o Estado de São Paulo.

O funcionário ressaltou ainda que, no contrato de concessão, assinado em dezembro de 2013 entre a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e a MGO Rodovias, dos 436,6 km a serem duplicados, 10% deverão ser executados antes do início da cobrança. A concessão da rodovia é válida por 30 anos e o investimento previsto é de cerca de R$ 3 bilhões. "Os trabalhos na BR-050 começaram em janeiro deste ano, com equipes cuidando da limpeza e roçagem dos canteiros e terrenos, enquanto outra frente de trabalho fazia a implantação e manutenção das barras de proteção. A pintura das faixas no asfalto também estava sendo reforçada e a operação Tapa Buracos, realizada em vários pontos da rodovia. O contrato inclui os guinchos, inspeções de tráfego e ambulâncias. Já estamos com veículos circulando 24h por dia na rodovia, sempre atendendo às necessidades dos usuários. A tarifa média estipulada será de R$ 4,53 para cada 100 quilômetros de extensão", acrescentou.

Caminhoneiros – O motorista Guilherme Inácio Arduin, avalia que o valor que será cobrado no pedágio é está acima da média. "Na Anhanguera, por exemplo, tem pedágio de R$ 3 por trecho. Concordo com a segurança, pois as manutenções nas rodovias são constantes e com o atendimento ágil das empresas para com os motoristas, mas com mais pedágios, óleo diesel e manutenção do caminhão, reduz nossos ganhos", queixa.

O caminhoneiro José Zildo, de Santo Estevão/BA, lembra que, no seu caso, trata-se de um profissional autônomo, sendo responsável pela manutenção do caminhão. Ele conta que abandonará as estradas logo que terminar de pagar o financiamento do seu caminhão. "Eu pago R$ 2.400,00 de prestação do meu caminhão e, às vezes, minha esposa contribui no orçamento mensal da casa. Assim que quitar o caminhão, vou mudar de profissão. Não é fácil enfrentar essa luta", finalizou.


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