Sabe aquele motorista que só respeita a velocidade estabelecida em uma rodovia quando passa por um radar? Agora, a chance dele ser flagrado conduzindo em alta velocidade aumentou consideravelmente dentro do Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI). Isso porque as estradas que ligam a Baixada Santista ao Planalto contam com mais seis radares estáticos ou móveis – além dos 26 fixos já existentes (sendo sete para detectar veículos pesados na esquerda).
Os equipamentos, instalados sobre tripés em locais incertos, são quase invisíveis para os motoristas trafegando acima da velocidade regulamentar. Ontem, a Reportagem constatou a presença de três deles na Rodovia dos Imigrantes: dois na Pista Sul (kms 29 e 61) que leva ao Litoral, e um na Pista Norte (km 31) com direção a São Paulo.
A localização exata deles não é dilvugada, mas A Tribuna flagrou três deles – acima, o do Km 31
Há pelo menos três meses os radares estáticos estão de volta, após um ano de ausência. Em dezembro, o Departamento de Estradas de Rodagem (DER), órgão da Secretaria de Logística e Transportes do Estado, emitiu autorização para que empresas contratadas retomem a operação de 42 radares estáticos em rodovias estaduais sob concessão.
Apesar da fiscalização severa, o Código de Trânsito Brasileiro não obriga à indicação visual dos limites máximos de velocidade. Cabe aos usuários das estradas saber de cor o artigo 61 do Código, caso queiram evitar multas em trechos fiscalizados, porém não sinalizados.
Em rodovias, por exemplo, na ausência de placas indicando a velocidade máxima, o limite para automóveis, caminhonetes e motocicletas é de 110 km/h. Já para ônibus e micro-ônibus é de 90 km/h. Veículos de carga, como caminhões, podem rodar em, no máximo, 80 km/h.
No caso específico do SAI, as indicações são constantes. Por exemplo, na Rodovia dos Imigrantes, há trechos de 60, 80, 100, 110 e 120 km/h. Variação semelhante ocorre na Via Anchieta, onde a descida da Serra é feita a 50 km/h e a subida a 60km/h. Há trechos planos que é possível circular a 70km/h, 90km/h e 110 km/h.
Segundo um dos funcionários das empresas terceirizadas que realizam serviços para a DER, a fiscalização é diária e começa cedo. “Chegamos por volta das 7h30.Quem estabelece o local onde vai colocar é o pessoal da Ecovias (concessionária que administra o SAI). Já estamos há algum tempo fazendo esse trabalho e, pelo jeito, vai continuar”.
A vantagem do motorista é que a lei também não permite ‘pegadinhas’, ou seja, o equipamento não pode estar escondido em pontes, viadutos ou atrás de defensas metálicas.
A multa por excesso de velocidade pode variar entre R$ 85,13 e R$ 574,62.
Resposta
Em nota, o DER esclarece que os radares são implantados em pontos de atenção das rodovias, em que o excesso de velocidade possa causar acidentes.
O Departamento também ressalta que somente em rodovias sob concessão há radares estáticos. Na malha viária estadual, com exceção do SAI, operam 66 radares estáticos, 145 radares fixos, 96 radares portáteis da Polícia Militar Rodoviária e oito lombadas eletrônicas, informa o DER.
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