Petrobras quer alta do combustível neste ano ainda, diz presidente
Compartilhe
13 de Maio de 2014 – 03h26 horas / Portal Ponta Grossa

Petrobras quer alta do combustível neste ano ainda, diz presidenteA Petrobras (PETR3 e PETR4) sinalizou que deve haver um reajuste de preços dos combustíveis ainda neste ano, segundo discurso da presidente da estatal, Graça Foster, em teleconferência para comentar o balanço do primeiro trimestre.


“Estamos avaliando o momento em que devemos fazer a aplicação da metodologia esse ano ainda”, disse Foster. Foster não especificou nem quando nem de quanto seria esse reajuste; afirmou, apenas, que a empresa estuda aplicar sua nova metodologia de reajuste de preços, aprovada no fim do ano passado.


Segundo ela, é preciso um reajuste de preços de forma bastante moderada e isso deve levar as finanças da companhia a uma situação melhor no ano que vem. “Hoje, a orientação é não repassar a volatilidade para o mercado, mas não há paridade e nós precisamos considerar a possibilidade do aumento para entramos 2015 em melhores condições do que entramos este ano”, disse.


A Petrobras compra combustíveis no exterior e revende-os no Brasil por um preço mais baixo, controlado pelo governo, sócio majoritário da empresa. O governo faz isso na tentativa de conter a inflação no país, mas essa diferença afeta as contas da estatal.


Segundo ela, o câmbio ajudou a Petrobras a reduzir a diferença entre o preço que paga pelo combustível no exterior e o preço pelo qual o revende no país.


“Isso nos trouxe mais perto da convergência, diminuiu a distância. Enquanto perdura a não paridade plena, temos que estar considerando a correção de preços”, acrescentou.


Metodologia para reajuste dos combustíveis foi proposta em outubro


Em outubro, a Petrobras tinha pedido ao seu Conselho de Administração uma nova política de preços, que previa reajustes automáticos e periódicos de combustíveis, conforme a necessidade de alinhamento com os valores praticados no mercado internacional.


A fórmula desagradou a presidente Dilma Rousseff porque poderia aumentar a inflação e criar um mecanismo indesejável de indexação (aumentos automáticos sempre que uma determinada situação é atingida). A indexação foi um dos problemas para o país controlar a hiperinflação que existia até os anos 1990.


O Conselho da estatal, presidido pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, aprovou a implementação de uma política de preços, mas não divulgou mais detalhes sobre essa nova proposta. Na época, a Petrobras divulgou aumento do preço da gasolina em 4% e do diesel em 8%.


Analistas criticaram a decisão, dizendo que a falta de clareza sobre os critérios mantém incertezas para o mercado, em um momento em que a empresa enfrenta defasagem dos preços domésticos na comparação com os internacionais.


voltar

SETCESP
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.